CINEMA
Emocionante! HOTEL RUANDA é um filme que impressiona quem o assiste, sobretudo porque ser uma triste e dolorosa história real.
Oitocentos mil cidadãos da minoria étnica tutsi foram massacrados por extremistas hutus em apenas 100 dias em Ruanda, na África, numa guerra civil em 1994.Esse conflito não era ignorado pelas nações ocidentais, até porque a televisão transmitia o início dos acontecimentos,mas elas adotaram uma posição indiferente e preferiram não intervir, subestimando a gravidade do conflito.
HOTEL RUANDA ,não é um documentário mas retrata o massacre. Relata a história de Paul Ruseasabagina ( Don Cheadle), um hutu que gerencia um hotel em Kigali, capital do país. Quando a guerra estoura, o hotel recebe proteção da ONU, porque está cheio de estrangeiros. E Paul, casado com uma tutsi, aproveita para hospedar e salvar da morte 1268 pessoas da mesma etnia de sua esposa. O filme sugere que a origem do genocídio está na ocupação belga de 1918 a 1962, quando os tutsis foram privilegiados em relação aos hutus.
De 1918 a 1961, Ruanda-Burundi é um protetorado das Nações Unidas, governado pela Bélgica. A minoria tutsi é favorecida com privilégios em detrimento da maioria hutus. Entre 1962 e 1990, Ruanda e Burundi tornam-se nações independentes. Os hutus assumem o poder e criam novas leis, como as que restringem 9% dos empregos aos tutsis. Metade deles deixa o país.Os conflitos intensificam-se. Em 1993, o presidente hutu Habyarimana assina um acordo de paz e 2500 soldados da ONU vão para Ruanda. Em 1994, o presidente é morto num acidente aéreo_ uma parte do plano hutu de extermínio de lideranças tutsis e também moderados hutus.Nesse ínterim, milhares de pessoas estão sendo mortas, mas os soldados da ONU recebem ordens para não intervir. Países estrangeiros mandam tropas de resgate de seus cidadãos que vivem ou passeiam em Ruanda. O Conselho de Segurança da ONU vota pela retirada da maioria de suas tropas em Ruanda. Milhares de pessoas fogem do país para Tanzânia, Burundi e Zaire. O presidente Bill Clinton assina tratado que limita o envolvimento militar dos Estados Unidos em operações internacionais de paz. A ONU, admitindo que pode ter havido genocídio, manda mais 5500 soldados para Ruanda, porém com muitos dias de atraso. Em julho de 1994, os tutsis reassumem Kigali e o genocídio acaba. Em cerca de 100 dias, 800 mil pessoas mortas.
Hoje as principais lideranças mundiais admitem publicamente que a Organização das Nações Unidas demorou para notar a gravidade do problema e intervir. A omissão da sociedade internacional protagoniza o filme de Terry George. Essa omissão pode ser explicada pela inexistência de petróleo ou de ouro em Ruanda, fazendo com que esse lugar não seja nem um pouco atraente. Caso contrário, certamente a intervenção seria imediata.
Emocionante! HOTEL RUANDA é um filme que impressiona quem o assiste, sobretudo porque ser uma triste e dolorosa história real.
Oitocentos mil cidadãos da minoria étnica tutsi foram massacrados por extremistas hutus em apenas 100 dias em Ruanda, na África, numa guerra civil em 1994.Esse conflito não era ignorado pelas nações ocidentais, até porque a televisão transmitia o início dos acontecimentos,mas elas adotaram uma posição indiferente e preferiram não intervir, subestimando a gravidade do conflito.
HOTEL RUANDA ,não é um documentário mas retrata o massacre. Relata a história de Paul Ruseasabagina ( Don Cheadle), um hutu que gerencia um hotel em Kigali, capital do país. Quando a guerra estoura, o hotel recebe proteção da ONU, porque está cheio de estrangeiros. E Paul, casado com uma tutsi, aproveita para hospedar e salvar da morte 1268 pessoas da mesma etnia de sua esposa. O filme sugere que a origem do genocídio está na ocupação belga de 1918 a 1962, quando os tutsis foram privilegiados em relação aos hutus.
De 1918 a 1961, Ruanda-Burundi é um protetorado das Nações Unidas, governado pela Bélgica. A minoria tutsi é favorecida com privilégios em detrimento da maioria hutus. Entre 1962 e 1990, Ruanda e Burundi tornam-se nações independentes. Os hutus assumem o poder e criam novas leis, como as que restringem 9% dos empregos aos tutsis. Metade deles deixa o país.Os conflitos intensificam-se. Em 1993, o presidente hutu Habyarimana assina um acordo de paz e 2500 soldados da ONU vão para Ruanda. Em 1994, o presidente é morto num acidente aéreo_ uma parte do plano hutu de extermínio de lideranças tutsis e também moderados hutus.Nesse ínterim, milhares de pessoas estão sendo mortas, mas os soldados da ONU recebem ordens para não intervir. Países estrangeiros mandam tropas de resgate de seus cidadãos que vivem ou passeiam em Ruanda. O Conselho de Segurança da ONU vota pela retirada da maioria de suas tropas em Ruanda. Milhares de pessoas fogem do país para Tanzânia, Burundi e Zaire. O presidente Bill Clinton assina tratado que limita o envolvimento militar dos Estados Unidos em operações internacionais de paz. A ONU, admitindo que pode ter havido genocídio, manda mais 5500 soldados para Ruanda, porém com muitos dias de atraso. Em julho de 1994, os tutsis reassumem Kigali e o genocídio acaba. Em cerca de 100 dias, 800 mil pessoas mortas.
Hoje as principais lideranças mundiais admitem publicamente que a Organização das Nações Unidas demorou para notar a gravidade do problema e intervir. A omissão da sociedade internacional protagoniza o filme de Terry George. Essa omissão pode ser explicada pela inexistência de petróleo ou de ouro em Ruanda, fazendo com que esse lugar não seja nem um pouco atraente. Caso contrário, certamente a intervenção seria imediata.
2 comentários:
Não assisti o filme, mas ouvi dizer que ele é meio exagerado. Falaram alguma coisa relacionando com o filme "Turistas".
vou assistir a esse filme. valeu pela dica...
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