quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Quero Ser Miriam Leitão, por Sylvia Ruth

Beatles ou Rolling Stones?

A corrida eleitoral nos Estados Unidos esquenta. Aliás, ela já está quente há muito tempo, agora as cartas já estão quase todas na mesa. Não muito para o lado Republicano, esse aí tem candidatos sem carisma, que carregam o peso da péssima Era Bush Filho, e parecem estar sem saber até que ponto podem criticar sem jogar completamente no limbo a gestão presidencial do próprio partido.

McCam parecia o primeiro da lista. Mas essa história de lobista-amante, amante-lobista, pegaria mal para qualquer republicano que se preze, ainda mais para um potencial candidato à Presidência da República.

Mas, vamos para o lado mais quente das prévias.

Para se ter noção da amplitude e das implicações que a potencial eleição de Hillary e Obama representam no país, e do que a eleição de um ou de outro pode significar para a história da humanidade (mesmo), é bom citar o que disse a colunista do pró-Obama New York Times, Maureen Dowd:

“Não estamos só na eleição mais vertiginosa de nossas vidas, mas em outro seminário nacional sobre raça e gênero que está nos mostrando quem somos enquanto decidimos o que queremos ser”, disse a mulher mais lida do NYT que já tem um Pulitzer na estante.

Hillary e Barack são carismáticos, têm estilo, um público fiel e, numa certa medida, semelhante, e demonstram ter altíssima capacidade para serem presidentes da nação mais poderosa do mundo. Agora a conversa cai naquela história de sempre que a gente vê na tevê e lê nos jornais. Então vamos mudar de assunto.

A imprensa norte-americana, como disse um jornalista que mora em Washington, parece ter má vontade com a candidatura de Hillary, que por mais que não queira, está atrelada à imagem do seu marido Bill e é mais velha que Barack. Já Obama é sangue novo, é jovem, e é negro, e por tudo isso desperta uma coisa do tipo: “se for para mudar de vez, que seja para mudar mesmo”.

É fácil notar essa “má vontade” nas notícias que a Reuters joga no site do MSN. De umas três ou quatro notícias que eu li sobre a disputa entre os dois presidentes, todas elas davam uma alfinetada em Hillary, ora por causa das propagandas contra Obama, algumas que sequer seriam de autoria da turma de Hillary ora contra a tecnocracia da candidata.


Nuca na história desde país

A dívida externa brasileira chegou ao fim. E, desta vez, Lula pode estufar o peito, limpar a garganta, e dizer com toda pompa e cerimônia: “nunca na história deste país”, nós tivemos uma reserva de dólares maior do que a dívida. A novidade chegou tão surpreendentemente aos ouvidos dos mais bem informados da nação, que até mesmo a tevê parece ter feito pouco caso do acontecido. Mas não se iludam, a dívida interna permanece.


Antes que você se vá

Prepare seu coração, a reforma tributária está para nascer. Creia, ela está para nascer. Espero que, deixando a onda atual, a criança não seja abortada.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

De amor e de letras. Por BruneLLa Wyvern.

A bolsa

Liah passeava por uma rua qualquer do centro da cidade onde morava e olhava vitrines para se distrair. Passava em frente a uma lojinha pequena, ninguém dentro, quase despercebida, quando viu a bolsa num cantinho da vitrine. Não era qualquer bolsa, era a sua bolsa. Bolsa de mulher é especial, única. São muitas, é verdade, mas cada uma única. Tem caber tudo que elas pensam que precisam carregar. Se bobear, tem caber até os sonhos delas.

Sabe aquela sensação que se tem de que alguma coisa foi feita para você? Foi isso que ela sentiu. Liah entrou e logo foi atendida por uma senhora simpática. A bolsa era até mais barata do que ela imaginava. Tinha o dinheiro na carteira. A bolsa era dela.

Saiu dali e foi direto para casa. Chegou e ficou admirando a bolsa, esperando que o outro dia chegasse logo para que ela pudesse usar o novo acessório. E assim fez. Vestiu a calça que mais gostava e uma blusa neutra e deixou o colorido para a bolsa. Ela saiu de casa e no ponto de ônibus, sentiu que as pessoas a olhavam. Para Liah não, para a bolsa.

No caminho para o trabalho foi a mesma coisa. A bolsa sempre chamando a atenção por onde passava. Liah podia imaginar o sorriso orgulhoso daquele pedaço de pano costurado e modelado em formato de bolsa. O que ela mais gostava eram os dois lacinhos de cetim que ela tinha nas laterais e o colorido, claro. Todo mundo olhava a bolsa de Liah, mas ninguém falava nada.

Talvez as pessoas não quisessem admitir que estivessem olhando. Talvez não quisessem falar mesmo. Quando chegou ao seu local de trabalho, a chefe dela ficou visivelmente encantada com a bolsa. Os olhos dela perguntavam: “onde será ela comprou?”. A boca, porém, não pronunciou nenhuma palavra além do “bom dia” habitual.

Liah trabalhou normalmente durante o dia, mas deixou a bolsa ficar se exibindo em cima da mesa. No elevador, em seu horário de saída, as pessoas estavam falando de bolsas, não a bolsa de Liah, de bolsas em geral, dessas grandes que estão na moda. Algumas mulheres falavam alguma coisa quando Liah e a bolsa entraram cortando os dizeres ao meio. E todos permaneceram em silêncio até o térreo. Em silêncio e olhando para a bolsa colorida que quase tinha vida própria junto a sua dona.

As pessoas esperaram que ela saísse do elevador para depois saírem. E lá se foram Liah e sua bolsa orgulhosa desfilar pelas ruas até o ponto de ônibus. Ela cantarolava uma música que combinava com o colorido da bolsa. Ambas sorriam. As pessoas passavam por elas e ficavam curiosas para saber de onde vinham os sorrisos. Não descobriam.

Liah e a bolsa chegaram ao ponto de ônibus e receberam olhares atentos vindos de todos os que estavam ali. Alguém podia até comentar alguma coisa, mas teria o cuidado para que as duas não ouvissem.

Naquele dia o ônibus estava demorando a passar. Talvez quisesse dar mais tempo para que as pessoas pudessem admirar a bolsa. Talvez estivesse preso no trânsito mesmo. Liah tentava se distrair olhando para o céu. As pessoas não entendiam o que ela tanto via no céu. Ela estava olhando para a lua. Era a primeira noite de lua cheia. “Perfeita!”.

Distraída enquanto a bolsa continuava a se exibir, Liah não viu quando uma moça se aproximou.

- Ei.

Ela se assustou.

- Desculpa, não queria assustar você.

- Tudo bem, eu estava distraída.

- Tem muito tempo que você está aqui?

- Mais ou menos.

- Você viu se o Dom Bosco – Ipiranga já passou? - perguntou a moça muito baixinho.

Liah não entendeu e pediu que a moça repetisse a pergunta duas vezes até conseguir ouvir.

- Ah! Esse ainda não passou. Pelo menos não enquanto eu estava aqui.

- Hum... Obrigada.

- De nada.

Não demorou nem mais meio minuto e o ônibus de Liah finalmente chegou. Como a moça estava ao seu lado, ela resolveu se despedir.

- Tchau.

- Tchau... E que bolsa linda a sua.

Foi a vez de Liah agradecer e sorrir.

- Obrigada.

E finalmente foram para casa Liah e a bolsa orgulhosa.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Quero Ser Miriam Leitão, por Sylvia Ruth

Há quem diga...

Comentando a vitória de Tropa de Elite no Festival de Cinema de Berlim, o cineasta grego Constantin Costa-Gavra (a quem o diretor José Padilha agradeceu ao receber o prêmio) afirmou que a vitória de Tropa não foi unânime. O povo de lá não gostou muito do excesso de diálogos, eles preferiam ação. Em resposta, Costa-Gavra soltou: “o medo das palavras é típico de pessoas que não querem pensar”. Forte.


Qualquer semelhança não é mera coincidência

Parece que as coisas no Banco Central andam indo mais bem do que a gente imagina. Tão bem a ponto do ocupadíssimo (e carequíssimo) presidente do BC, Henrique Meirelles gastar um pouco do seu pobre tempo livre lendo o Jota-i. Mais exatamente o que a pessoa que vos fala escreveu na semana passada. Veja só o que o digníssimo disse nessa segunda-feira:

“O Brasil não desperdiçou o período de bonança e se preparou para uma possível deterioração global” proferiu Henrique Copião Meirelles, presidente do Banco Central.

Duvidam?

http://www.estadao.com.br/economia/not_eco126572,0.htm
http://www.joelmirbeting.com.br/noticias1.asp?IDgNews=5

E o que a pessoa que vos fala disse?

“O país se aproveitou muito bem do cenário positivíssimo lá de fora e botou pra quebrar nos bons índices. (...) Sorte do Brasil, que se aproveitou muito bem quando podia”.

A cá ó:

http://jota-i.blogspot.com/2008/02/quero-ser-miriam-leito-por-sylvia-ruth.html


Mais

morreu morre morte burrice jornalismo shopping


Brincando com a morte
Eu não devia ver essas coisas, mas acabo vendo, e aí eu não me seguro. Depois das cordas vogais, vem o morre a morte.

Brincando com a morte II
Lindsay Lohan, estrelinha mal acabada de Hollywood que flerta constantemente com álcool e outras drogas (além de filminhos juvenis), decidiu brincar ainda mais com a morte (ou com a vida) e tirou fotos do jeito que veio ao mundo iguazinhas as que Marilyn Monroe tirou semanas antes de morrer.

Não preciso dizer da intimidade de Marilyn com drogas e álcool. Mas sem entrar no mérito da qualidade das duas colegas de profissão, Landsay dá sinais de que, se morrer, quer ser relacionada não à imagem de Britney Spears, sua colega contemporânea, mas à estrela que morreu porque exagerou no Gardenal.


Aliás
Para quem está afim de apostar, Britney, nosso bode expiatório dos últimos meses, se não morre este ano, morre ano que vem. A ex-princesinha do pop faz 27 anos em dezembro. Então, preparem os modelitos cor-de-velório, os óculos escuros e os lencinhos brancos.

Por esta semana chega. Semana que vem a gente se vê. Esteja vivo até lá.

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Ave Franklin! Por BruneLLa França


A dor de cabeça dos cartões...

O assunto das últimas semanas no cenário político é mais um escândalo alardeado pela imprensa (alguma novidade até aqui?). Até uma ministra caiu. Tudo isso por causa dos tais cartões corporativos.

Muito bem... Qual é o problema de pagar tudo com um cartãozinho? Não vivemos na era do fantástico dinheiro de plástico? Então! Por que não podem nossos excelentíssimos deputados, senadores, ministros, presidente e toda a macacada fazer uso de um desses venerados acessórios presentes nas carteiras de tantos pelo mundo?

Conta de restaurante? A gente paga com o cartão!
Móveis para casa? Passa o cartão e tá tudo certo!
Lixeira de R$ 990,00? Ah! Tá baratinha! É so passar no cartão que tá tudo certo.

Nada demais, não é?

Não seria mesmo se o cartão não fosse bancado pelo seu, pelo meu, pelo nosso dinheiro!!!

Não seria nada demais um deputado pagar a conta do restaurante com um cartão de crédito pessoal, mas pagou com o cartão corporativo. Foi obrigado a devolver o dinheiro. Mas isso é pouco! Tinha que perder o mandato por mau uso do dinheiro público, crime previsto na Lei.

Comprar móveis para casa e pôr no cartãozinho mágico acontece todos os dias. O problema é deixar a conta pra gente pagar.

Se o reitor da UnB vê necessidade de comprar uma lixeira de quase mil reais, o problema é dele. Seria, se ele tivesse pago pelo objeto com dinheiro dele. E não satisfeito com isso, informou por meio de sua assessoria de imprensa que não havia feito nada de errado com o cartão, que os gastos estavam dentro da legalidade.

As manobras para barrar a CPI dos Cartões já começaram. Mas ela vai acabar saindo. Mais um circo montado no Planalto Central. E o pior é que os tratados como palhaços somos nós!



Enquete em homenagem à nova CPI.
Qual seu sabor preferido de pizza?
a) Quatro queijos.
b) Frango.
c) Portuguesa.
d) Calabresa.
e) Mista, a preferida em Brasília.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Quero Ser Miriam Leitão, por Sylvia Ruth

Sábias palavras

Nicolas Sarkozy, narigudo que quis fazer ciuminhos na esposa e arranjou logo uma top-model para fazer bastante barulho, e que de vez em quando é presidente da França, disse dia desses:

"O mundo precisa que o Brasil ocupe o espaço que lhe corresponde no cenário mundial. O G8 deve tornar-se G13, com a incorporação de países como o Brasil".

Amém.


Teto de vidro

Este blog também apóia a campanha anti-golpista da mídia tradicional, que decidiu apedrejar os cartões corporativos do Governo Federal com o asqueroso motivo partidarista de favorecer o PSDB.

Mas aí, teto de vidro... O Governo do Estado de São Paulo gastou a bagatela de R$ 108 milhões, enquanto Brasília gastou R$ 75 mi. Pegou mal...

Eu não devia falar sobre isso, isso é assunto de política.


Super-safra: há quanto tempo você não houve isso?

Este ano o Brasil deve atingir a marca histórica de 136,5 milhões de toneladas grãos produzidos. Na conta estão cereais, leguminosas e oleaginosas. Para tanto, o IBGE diz que a produção agrícola brasileira deve crescer 2,7% este ano. Ano passado foram 132,9 milhões de toneladas. Este ano, haja boca.

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Quero Ser Miriam Leitão, por Sylvia Ruth

Notícia fria
Quem deu foi o jornalão A Gazeta dia desses, semana passada, nem me lembro. Veio com matéria "bombástica" sobre o inchaço do Aeroporto de Vitória, que há anos recebe mais gente do que pode. Mais gente mesmo, tipo no ano passado, em que recebeu três vezes mais.
Mas quem é leitor inteligente do diga o que quiser sobre ele No Entanto, sabe que isso é tão last week quanto posar de emo. Mamãe diria que é da época que se amarrava cachorro com lingüiça. Papou mosca, velhinho.


Lá vem onda
O Brasil deu sorte. Há uns anos a terra do futegol tem subido ladeira acima no desenvolvimento. O país se aproveitou muito bem do cenário positivíssimo lá de fora e botou pra quebrar nos bons índices. Indústria, serviços, importação, exportação, investimentos externos, pagamento fiel de dívidas, reserva de dólares, desenvolvimento humano, empregos, salários e mais eteceteras fizeram 2007 ser um ano de ouro, daqueles de se fazer placa e pregar na parede. Nunca na história deste país...

Porque estou dizendo isso? Porque 2008 promete ser pedreira. Os sinais vindos do além-mar dão conta de que é melhor se segurar. E quem anda segurando as pontas são os que precisam pensar: investir ou segurar? É difícil não querer ir com a corda toda depois de um 2007 cheio de sorrisos, mas janeiro deixou qualquer um como um rio sem janeiro, como diria Hélio Flanders, vizinho meu.

Sorte do Brasil, que se aproveitou muito bem quando podia.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

De amor e de letras. Por BruneLLa Wyvern.


Caminhando sem destino, guiada por uma Lua branca em noite escura, pensava na madrugada daquela quinta-feira. O prazer era tanto que chegava a doer... Mas não uma dor física. Doer dentro, como se fosse na alma. Mais um delírio que uma dor. Uma morte e uma ressurreição. O êxtase e o relaxamento absolutos, unidos de forma incoerentemente simultâneas.

Provavelmente, as poucas pessoas que passavam por mim não entenderiam meu sorriso sem endereço ou aparente motivo. Mas eu ainda podia sentir cada centímetro do corpo dela e aquele perfume de mulher que me enlouquecia. Jamais me esqueceria do jeito dela me olhar. Não sei explicar ao certo... Ela me enfeitiça como se tivesse a Lua presa nos olhos.

Tentei lembrar os versos que desenhamos em minha cama aquela madrugada... Não consegui. Lembrei-me das carícias, dos toques, dos gemidos. Voltei para casa e fui entrando. Ao contrário do que faço sempre, não olhei para trás. Apenas fechei meus olhos e ouvi o que o mar tinha a me dizer.

Fui direto ao banheiro de minha suíte, no andar de cima. Não estava muito preocupada com o tempo. Aquele momento seria meu. Fiquei ali, na banheira, brincando com a espuma. Ternas são as noites!

Saí do banho disposta e renovada. Penteei os cabelos de qualquer jeito. A noite estava quente, abafada. Tirei meu notebook da escrivaninha, joguei a toalha molhada em cima da cama e deitei sobre ela. Alguns versos desajeitados apareciam na tela. Apaguei-os. Tentei algumas frases, mas não ficou bom. Deixei de lado e saí para a varanda. Não me importei que estivesse nua... Queria mesmo ser beijada pela maresia salpicando o ar das espumas de que se moldou Afrodite. Inesperados, os impulsos do desejo afloraram. A pele apenas metáfora em palavra liquefeita.

Na noite dos tempos, pára o mundo, cessa o sonho, procura-se o infinito.


**Desenho: Sun and Moon, Angel Lyon Wyvern Le Blanc

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Amarra Experimental por Natasha Siviero

Havia uma grande festa que reunia todos os reinos para celebrar o ano novo. Neste ano, o príncipe Halaam Habbib convidou uma moça a dançar, e, como tivesse ele os ombros de um rei, ainda encontravam-se no deserto depois que as festividades já haviam terminado.
A história de amor da princesa Sherazade e do príncipe Halaam ,porém,não poderia continuar.Um deserto inteiro os separava. Ela era areia e ele vinha de um reino onde havia servos e rei, descanso e trabalho, e onde existia hora para o dia e para noite. Enquanto para Sherazade só havia o que ela inventasse, e depois daquele dia só houve Halaam.
Tudo seguia o caminho no outro lado do deserto, mas o príncipe não conseguia parar de pensar no sol do ano novo, que nasceu antes da hora, descobrindo-o ajoelhado frente às pernas da princesa Sherazade. Quando não pode mais, mandou chamar um de seus servos e disse que preparasse três cavalos e um camelo, a outro, mandou que juntasse tudo que houvesse de colorido. Saiu em caravana, escoltado por dançarinas vestidas de lantejoulas azuis e uns tocadores de tambor. Iam atravessar o deserto.
Se o deserto é difícil de se superar, no entanto, é ainda mais para aqueles que vêm de reinos onde existe hora para o dia e para noite, e o príncipe demorará em vencer as areias.
Quando finalmente a caravana do príncipe Halaam Habbib conseguir atravessar o deserto, a princesa Sherazade já terá partido. Ignorante de tudo, varrida pelo vento, feita de neve,feito fevereiro.