sexta-feira, 12 de janeiro de 2007

Amarra Experimental por Marcela Rangel

Sim, eu sou louca.
Entendo como é absolutamente anormal ir ao cinema três vezes para assistir ao mesmo filme.
Mas não consigo evitar.
Além da habitual paixão pela sétima arte, toda vez que vejo os dizeres "um filme de Nancy Meyers", corro para assisti-lo. Isso porque essa excepcional escritora, diretora e produtora, possui o talento de descrever o amor e suas vítimas de uma forma extremamente delicada. Cada personagem é dotado de uma doçura inquietante. Até mesmo ao expor defeitos, ela o faz de maneira apaixonante. Sendo paixão a palavra de ordem. Sim, porque é impossível não se apaixonar e, até mesmo, não se identificar com Erica, Graham, Iris, Jack, Amanda, Miles e tantos outros indivíduos de suas tramas.
E então? Curiosos para saber qual o filme digno de minha tripla ida ao Kinoplex? Depois de tantas dicas acho que ficou fácil. Que rufem os tambores! "O amor não tira férias", ou ,no título original, "The Holiday".
Uma americana que é incapaz de chorar. Um inglês viúvo que tem duas filhas. Uma jornalista com um amor não correspondido. Um doce compositor musical, que se sente atraído por mulheres que não são certas para ele. E, na minha opinião, o personagem mais interessante de todos : um senhor roteirista que nos mostra a magia daquela Hollywood dos anos 40/50. No papel de Iris, a jornalista, temos a brilhante atuação de Kate Winslet, que é capaz de fazer a platéia rir, chorar e torcer por sua cativante personagem.
A trilha sonora é assinada por ninguém menos que Hans Zimmer, compositor alemão responsável pela produção musical de filmes como "O Gladiador"(pelo qual ganhou um globo de ouro), "O rei leão" (pelo qual ganhou um oscar e um globo de ouro), "Piratas do Caribe", "Alguém tem que ceder"(também escrito e dirigido por Nancy Meyers), entre outros.
O filme não só fala de amor, como também mostra, de um modo sutil, a indústria cinematográfica, bem como todo seu encanto, beleza e defeitos.
Será que os convenci a assistir pelo menos uma vez?
Espero que sim.
Afinal, o amor não tira férias. Nem o cinema.
E viva a sétima arte!

10 comentários:

Simone Azevedo disse...

Falando sobre cinema... só podia ser a Marcela mesmo. Você sabe ser persuasiva, mas eu também amo cinema, então não sei se foi você ou se ele próprio me seduziu. estou muito cuiriosa para ver esse filme. já ouvi ótimas críticas sobre ele.

•.¸¸.ஐJenny Shecter disse...

Tashinha tirou férias mas deixou ótima colunista em seu lugar!
Marcela sempre nos brindando com um ótimo texto e nos fazendo ter vontade de correr para o cinema mais próximo!
Obrigada pela dica!

Amora disse...

Viva! a setima arte e o ocio criativo.
Ja vi que perdi meu posto.Valeu Marcela e volte sempre.

Sylvia Ruth disse...

Poxa, tô com preguiça até de ir ao cinema. Só tô assistindo filmes da locadora. Mas quem sabe?

Sylvia Ruth disse...

E Natasha, não precisa ficar com ciúmes, a gente também gosta de você!

•.¸¸.ஐJenny Shecter disse...

Natasha, vc ainda é a colunista titular desta coluna! E nós queremos continuar lendo seus textos!

Aline Dias disse...

Adorei, Marcela!

quero ver o filme.

Anônimo disse...

Claro que vale passar 9 horas (o equivalente a 3 sessões)assistindo a mesma trama, e sabe pq? Simples, pq vc nem percebe o tempo passar - a maneira como as histórias são contadas é leve, divertida, envolvente...
Ora, os que já assistiram "O amor não tira férias" respondam: Tinham reparado que a duração do filme é de 3 horas? Bem, ninguém a quem eu já perguntei até agora tinha.

Anônimo disse...

já sei o que fazer hoje.
rumo ao kinoplex !!!
valeu Marcelão!

Gaby disse...

Já assisti e concordo!
vale mt a pena, pessoal!
=D
ótimo texto Marcela.