quarta-feira, 3 de janeiro de 2007

Quero Ser Miriam Leitão. Por Sylvia Ruth

PA o quê?

Então amigos, todo mundo de ano novo e o governo com um plano novo. Lula, no seu sonífero discurso de posse deixou o povo ainda mais curioso. Que diabos vem por aí com esse tal de PAC?

As prévias para 2007 já foram divulgadas, e pela expectativa do Planalto, que não chega mais a um crescimento do PIB de 5%, mas passa muito, mas muito mesmo, do pessimismo de alguns economistas; o Programa de Aceleração do Crescimento deve mexer muito pouco nas bases da economia brasileira, embora precise fazer jus às cólicas que ele anda causando em uns e outro.


Exporta que eu gosto

Nem o Ministério do Desenvolvimento, Industria e Comércio Exterior esperava tanto, mas sim, o superávit comercial brasileiro fechou 2006 com um saldo positivo de US$ 46,077 bilhões – eles esperavam US$ 44 bilhões.

Representantes de 54,3% das exportações brasileiras, os produtos manufaturados, com destaque para automóveis, aviões e autopeças, tiveram suas exportações aumentadas em 15,6% em relação a 2005, devido ao aumento da venda.

Já os básicos e os semimanufaturados tiveram crescimentos de 16,9% e 23,3%, respectivamente, devido o aumento dos preços externos. Minério de ferro (+23,6%), petróleo em bruto (+66,9%) e soja em grão (+6,8 %) foram os principais produtos básicos exportados. No caso das semimanufaturas destaque para açúcar em bruto, que cresceu 66,5%.

As quedas se referem aos produtos que o real valorizado atrapalha as negociações: calçados e madeiras, que caíram, respectivamente 0,3% e 3,3%.

E observando o destino dos produtos made in Brasil, são evidentes a ampliação e diversificação do mercado que atingimos – fator indispensável para a alta das vendas para o exterior. Vem da África o maior aumento de exportações (26%), seguida da Europa Ocidental (17,9%) e da Ásia (13,4%). Os Estados Unidos continuam sendo o nosso principal cliente, vieram da terra do Tio Sam US$ 24,7 bi.

Quanto às importações, todos os setores registraram crescimento: bens de capital (+23,9%), bens de consumo (+42,6%), combustíveis e lubrificantes (+28,2%) e matérias-primas e intermediários (+20,8%).

Para 2007, as projeções não poderiam deixar de ser ainda mais positivas. O MDIC estima que as exportações deste ano devem crescer 10,5% em relação ao ano que passou, atingindo US$ 152 bi e acompanhando o possível crescimento do mercado mundial, de 10%.

Estas expectativas se baseiam na estabilidade econômica que o Brasil e o mundo desfrutam e do tipo de produto que mais as terras tupiniquins andam vendendo além-fronteira: os cheios de valor agregado, manufaturados.

No campo das importações, o crescimento deve ser maior que o das exportações, mas sem perigo, já que aproximadamente 70% do que nós importamos vai para o processamento e modernização das indústrias, beneficiando o parque industrial brasileiro.

Mas não pensem que por isso o superávit comercial deve ser tão vistoso como no ano anterior. O saldo positivo de 16,2% deve “dar margem” a novos investimentos na modernização industrial, vindos lá de fora.


Negócio da China

E esse trocadilho continua dando pano pra manga. Ficou feliz, cheio de orgulho, com o superávit comercial brasileiro? Pasme, meu caro leitor, o superávit da China deve superar os R$ 200 bi neste ano. Okey, agora tome fôlego que a coluna ainda não acabou.


Impagáveis

Tudo bem que cobrir posse de Presidente não deve ser muito divertido, às vezes falta o que falar, mas daí a dizer abobrinha, não rola, e eu, que não presto, sempre estarei de olho nas gafes de nossos futuros colegas de profissão.

Segunda-feira, 1º dia do ano, eis que toma posse o nosso companheiro Presidente Lula. Globo e Band cobrindo a parada e tal. E novamente a Globo deve ter sentido no joanete que Alexandre Garcia não bate o “corpo político” do canal 10.

“Eu imagino o esforço desses parlamentares, vejo aí o Romeu Tuma, de passarem o fim de ano com seus familiares e depois, hoje de manhã, pegarem um avião para virem a posse do Presidente.” Disse o piedoso Alexandre Garcia num momento de completa infelicidade.

Até que Fernando Vieira de Mello, da Band, achou que não poderia deixar de marcar uma.

“O Presidente Lula e o vice parecem estar com a mesma gravata”. Gente, a mesma gravata não cabe em dois homens. Ou será que cabe? Mas pega bem o Presidente e o vice, ao lado de suas respectivas esposas, usarem a mesma gravata? Ou será um caso de onipresença de gravata? Tá, vou parar por aqui. Eu não presto.


E a Coca-Cola também comemorou a posse do Lula, vê se pode!

http://noticias.uol.com.br/economia/album/janeiro_07_album.jhtm?abrefoto=2

Um comentário:

Anônimo disse...

puxa, o presidente e seu vice usando a mesma gravata? detestável!

voltando ao que realmente interessa, cheio de números bons este ano, e várias perspectivas boas pro ano que vem, mas será que teremos uma melhoria na distribuição de tanta riquesa criada?
tomara!