quarta-feira, 17 de janeiro de 2007

Quero ser Miriam Leitão. Por Sylvia Ruth.

E o septuagésimo lugar vai para...

A “vasta nação democrática possui recursos naturais abundantes, mas é conhecida por sua alta e persistente desigualdade de renda”. “O Brasil sofre com sérios obstáculos aos investimentos de longo prazo, incluindo um sistema tributário confuso, barreiras ao investimento estrangeiro em alguns setores, gestão governamental nos setores de petróleo e eletricidade, um judiciário fraco e um sistema regulatório complicado”. “Com uma burocracia corrupta e altamente ineficiente, que contribui para notas baixas nos quesitos de liberdade de negócios, de investimentos, financeira e corrupção”.

Na pesquisa da Fundação Heritage sobre a liberdade econômica dos países, as nossas terras tupiniquins ficaram em 70º lugar. A citação do parágrafo acima, que faz parte da pesquisa, apresentam fatos antigos, mas que voltam às manchetes não porque fui eu nem a Miriam Leitão que disse, mas porque foi uma instituição internacionalmente conhecida, cheia dos gabaritos que lhe permitem dizer mundos e fundos sobre qualquer país, mesmo que isso não seja novidade para ninguém.

Hong Kong ficou em primeiro lugar. Mas será que ficar em primeiro é ser melhor? Uma economia livre, é uma economia que vive por si só, sem influências do Estado, como o capeta... Digo, capitalismo gosta, regida pelo pensamento neoliberal de intervencionismo zero.

Hong Kong é uma Região Administrativa Especial da China. Todos sabemos, a China é comunista, e Hong Kong é o único lugar daquele país onde é permitido fazer-se capitalismo a torto e a direito. Eles não pagam impostos ao governo, nem têm leis trabalhistas. Parabéns, Hong Kong, pelo primeiro lugar, do qual ninguém deve ter inveja.

Já o Brasil, sempre lembrado pelos seus “recursos naturais abundantes” em contraste com “sua alta e persistente desigualdade de renda” não deve também se gabar por não ter ficado nas primeiras posições, caso para isso ele precisasse ser tão cretino como é Hong Kong. Isso, logicamente, não quer dizer que as terras de Cabral não precisem de modificações que dinamizem e potencializem nossa economia, com as tão queridas reformas tributária, política e judiciária. Isso é novidade para alguém?


E por hoje chega

Que tem visita aqui em casa, e uma menina de 7 anos de idade tentando pentear o meu cabelo enquanto eu escrevo não é nada divertido.

3 comentários:

•.¸¸.ஐJenny Shecter disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
•.¸¸.ஐJenny Shecter disse...

Justiça Social. Quando tivermos uma distribuição de renda justa e as desigualdades entre as classes não forem mais do tamanho do Grand Canyon, com certeza, a economia do país será outra!
E não será como Hong Kong...

Simone Azevedo disse...

posso parecer com o Cristovam Buarque, mas EDUCAÇÃO É FUNDAMENTAL!
Em um país com seu povo educado, as condiçoes de termos justiça social e consequentemente uma decologem da economia, são muito maiores.enormes!