O horário nobre nunca esteve tão pobre
A nova novela de Gilberto Braga, Paraíso Tropical, cumpre com êxito seu papel alienante de novela medíocre das 8 que começa as 9. A enxurrada de clichês explorados exaustiva e irritantemente subestima a capacidade intelectual do telespectador brasileiro. O comportamento anacrônico dos personagens, as tramas mal elaboradas, as trapaças ridículas, as chantagens sem criatividade, os maniqueísmos, a conquista do poder e de prestigio social como metas únicas e justificativas para as mais mirabolantes armações despudoradas, a banalização do sexo, a prostituição requintada, a ausência total de ética e de romantismo nas disputas amorosas são algumas das características de Paraíso Tropical.
Além de amante do futebol, samba e carnaval, o brasileiro também é amante de novelas. Esse “vicio” é tão prejudicial quanto o vicio em drogas, álcool ou cigarros. Deveria ser apresentado depois das chamadas, uma advertência do ministério da saúde. Novela tem esse poder narcotizante: transporta as pessoas a outros mundos onde a rotina e o cansaço cedem lugar à aventura e á emoção. Mas têm também outros poderes menos salutares. A função de “escape”, oferecendo uma compensação relaxante para o crescente stress da vida moderna. E para muitos telespectadores, principalmente aqueles carentes de princípios familiares e sociais e de cultura adquirida nas escolas ou nos livros, as telenovelas respondem a suas aspirações de mobilidade social e/ ou catarse emocional. O sucesso obtido pelos personagens parece cumprir a função de compensar e aliviar carências e fracassos dos telespectadores. Além disso, as telenovelas são vistas como fonte de orientação e conselho. Creio que esse último poder seja o mais nocivo.
Outra questão que merece ser ressaltada é a que se refere a nossa péssima imagem no exterior. O turismo sexual é uma realidade vergonhosa que pode ser constatada a qualquer hora em qualquer ponto turístico do país. A forma indelicada e banalizada que Paraíso Tropical aborda do tema contribui para reforçar um falso caráter natural e corriqueiro que essa prática imunda vem assumindo a cada dia. É triste pensar que essa imagem de paraíso sexual é reforçada pela nossa prestigiada dramaturgia. Sinto-me ofendida como brasileira que sou, sabendo que as mulheres deste país são associadas a toda a sacanagem que aparece na maioria das nossas telenovelas que são exportadas aos montes.
Mas enfim, aí está mais um campeão de audiência, assinado por Gilberto Braga, sendo servido com a pompa que todas as novelas da Rede Globo merecem e com o apoio incondicional do subjornalismo das revistas de fofocas sobre celebridades, vulgaridades e futilidades.
A nova novela de Gilberto Braga, Paraíso Tropical, cumpre com êxito seu papel alienante de novela medíocre das 8 que começa as 9. A enxurrada de clichês explorados exaustiva e irritantemente subestima a capacidade intelectual do telespectador brasileiro. O comportamento anacrônico dos personagens, as tramas mal elaboradas, as trapaças ridículas, as chantagens sem criatividade, os maniqueísmos, a conquista do poder e de prestigio social como metas únicas e justificativas para as mais mirabolantes armações despudoradas, a banalização do sexo, a prostituição requintada, a ausência total de ética e de romantismo nas disputas amorosas são algumas das características de Paraíso Tropical.
Além de amante do futebol, samba e carnaval, o brasileiro também é amante de novelas. Esse “vicio” é tão prejudicial quanto o vicio em drogas, álcool ou cigarros. Deveria ser apresentado depois das chamadas, uma advertência do ministério da saúde. Novela tem esse poder narcotizante: transporta as pessoas a outros mundos onde a rotina e o cansaço cedem lugar à aventura e á emoção. Mas têm também outros poderes menos salutares. A função de “escape”, oferecendo uma compensação relaxante para o crescente stress da vida moderna. E para muitos telespectadores, principalmente aqueles carentes de princípios familiares e sociais e de cultura adquirida nas escolas ou nos livros, as telenovelas respondem a suas aspirações de mobilidade social e/ ou catarse emocional. O sucesso obtido pelos personagens parece cumprir a função de compensar e aliviar carências e fracassos dos telespectadores. Além disso, as telenovelas são vistas como fonte de orientação e conselho. Creio que esse último poder seja o mais nocivo.
Outra questão que merece ser ressaltada é a que se refere a nossa péssima imagem no exterior. O turismo sexual é uma realidade vergonhosa que pode ser constatada a qualquer hora em qualquer ponto turístico do país. A forma indelicada e banalizada que Paraíso Tropical aborda do tema contribui para reforçar um falso caráter natural e corriqueiro que essa prática imunda vem assumindo a cada dia. É triste pensar que essa imagem de paraíso sexual é reforçada pela nossa prestigiada dramaturgia. Sinto-me ofendida como brasileira que sou, sabendo que as mulheres deste país são associadas a toda a sacanagem que aparece na maioria das nossas telenovelas que são exportadas aos montes.
Mas enfim, aí está mais um campeão de audiência, assinado por Gilberto Braga, sendo servido com a pompa que todas as novelas da Rede Globo merecem e com o apoio incondicional do subjornalismo das revistas de fofocas sobre celebridades, vulgaridades e futilidades.
9 comentários:
Eu gosto dessa novela.
Acho mó legal!
tem aquela doida que leva os filhos pra matar aula na piscina em dia de prova!
"Não tenho paciência pra televisão
eu não sou audiência para a solidão"...
Problema facim d resolver: não assista à novela! Há tantas coisas mais interessantes para fazer...
Já saí dessa vida de assisti novela.
Não vale a pena assisitir.
Campanha não à novela!
sim ao livro!
aahhh
campanha não à novela
e sim à internet!!
Para de assistir novela e vem falar com a gente no msn! =P
uhauhua
livre se das novelas alienantes da rede globo,assista novelas mexicanas* e seja uma pessoa LIBERTA!!!ALELUUIA! (*são o cumulo da podridão intelectual,são ridiculas assim vc não se ilude achando q ta vendo o suprassumo da cultura popular vendo as telenovelas da globo)
!!!!!!!!!arcanjo!?!!!!!!
Enfim, NÃO A NOVELAS!!!
Quem matou Shamylle merece ser exibido no horário nobre!!!
Concordo com a Brunella. Quem Matou Shamylle deveria ser exibido no horário nobre diariamente.
Precisamos de qualidade na TV.
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