Ex-comerciante vê na prostituição um trabalho bom e rentável
Trabalhando como garota de programa há cinco anos, vivendo em uma quitinete em Coqueiral de Itaparica, Roberta (nome fictício) concordou em dar entrevista com a condição de que não houvesse foto e que seu nome verdadeiro não fosse revelado. “Não quero aparecer para não expor meus filhos”, justifica.
Loira, sorridente, abusa do visual sensual para conseguir clientela. Esmalte vermelho, mini-saia e decotes extravagantes fazem parte do seu figurino de trabalho. Nasceu em Cachoeiro de Itapemirim, tem três filhos de 16, 18 e 20 anos. É separada judicialmente e namora um rapaz de 22 anos filho da atual esposa do seu ex-marido. “Nosso namoro foi uma revolução na família”, comenta.
Com 35 anos, ensino médio completo, receptiva e desembaraçada, Roberta mostra um bom nível cultural. Deitada de bruços, mãos apoiadas no queixo, como quem faz confidência a uma amiga, à vontade e bem falante, em uma das duas camas de casal que compõem a modesta mobília da quitinete junto com uma mesa de vidro e seis cadeiras, um guarda-roupa grande, um freezer e um pequeno aparelho de som, ela conta como começou a se prostituir e o que a levou a optar por essa profissão.
Jornalismo Incompetente: Como começou a fazer programas?
Roberta: Comecei a fazer programa depois que fechei a minha boate. Quando tinha uma boate, eu só administrava e recebia o dinheiro das meninas que trabalhavam para mim. Então, quando o negócio começou a desandar, eu fechei e comecei a fazer programas para não ficar parada e enquanto não arrumava outra coisa para fazer.
JI: O que você fazia antes de administrar uma boate?
Roberta: Eu sempre fui comerciante. Já tive salão de beleza, já trabalhei com peças intimas e jóias.
JI: O que levou você a optar por ser garota de programa? Questão de sobrevivência ou desejo de luxo?
Roberta: O dinheiro rola fácil. Não se pode negar isso. E além de fácil é muito. Jorra uma grana violenta. Eu não me importo com muito luxo. Nem quando eu era casada eu gostava de roupa de marca. Mas eu tinha um carro importado quando tinha a boate, me vestia sempre bem. O importante é se vestir bem. Marca não é importante. Eu tenho meu próprio carro, me visto bem. Fazer programas é um trabalho muito bom.
JI: Você tem vontade de parar de fazer programa e fazer outra coisa?
Roberta: Como eu já disse, é um trabalho bom. O único motivo que me faz querer fazer outra coisa são as meninas que trabalham comigo. Elas são muito bandidas. Na boate que eu tinha elas costumavam dar telefone para os clientes e marcar saídas por fora. Já as mulheres casadas que trabalhavam lá não eram bandidas. Elas diziam para os maridos que iam trabalhar como doméstica, faxineira, qualquer coisa assim, e passavam o dia fora de casa. Terminado o horário na boate, elas iam para casa. Não davam telefone para os clientes. Essas são as melhores de se trabalhar. As outras são tudo bandida.
JI: Qual o perfil dos seus clientes e quanto você cobra por programa?
Roberta: A maioria dos meus clientes são homens de todas as idades. Têm coroas, jovens, solteiros, casados. Até menor de idade me liga. Muitos rapazes novos, bonitos, por incrível que pareça ligam procurando programas. Mas eu atendo também muitos casais e damas. Eu cobro 60 reais a hora. Mas é comum os clientes nem ficarem uma hora inteira. Eles perguntam quanto é meia hora, eu digo que é 40 reais, ás vezes eles pedem pra fazer por 30. Dependendo do caso eu faço.
JI: Você já sofreu agressão física de algum cliente?
Roberta: Graças a Deus não. Nunca fui socada. Tem muitas meninas que reclamam que são socadas, que apanham. Mas eu nunca fui. Se o cara começa a querer me bater, eu paro logo e mando embora. O pagamento é adiantado mesmo. Não aceito levar porrada de cliente não.
JI: Você usa preservativos em todas as relações mesmo contra a vontade do cliente?
Roberta: Sim. Eu acho preservativo uma porcaria, mas é um mal necessário. Outro dia fiz um checape, vi como estava a minha saúde. Tudo direitinho.
JI: Você sente prazer durante as relações?
Roberta: Na maioria não. Mas eu dou uma gemidinha para agradar o cliente. O ruim é quando um homem feio me faz gozar. É uma merda. Ás vezes um cara bonito não me faz gozar, aí vem um feio e faz. Eu odeio quando isso acontece. O jeito é jogar a bandeira do Brasil na cara dele e fazer por amor á pátria.
JI: Como você lida com a sua família e com o preconceito da sociedade?
Roberta: Meus filhos sabiam que eu tinha uma boate. Eles não sabem que eu faço programa, mas acho que eles desconfiam porque não são otários. Outras meninas já reclamaram de sofrer preconceito da sociedade, mas eu nunca fui recriminada. Já até namorei três clientes. E eles não reclamavam do meu trabalho. Me conheceram assim. Só o namorado de agora reclama. Eu faço escondido dele porque ele não gosta. Mesmo quando eu falo que to sem dinheiro e peço para ele deixar eu fazer um programa ele não deixa. Se ele souber que eu faço programa ele fica uma fera.
JI: Que tipo de fantasia geralmente os clientes pedem para você realizar?
Roberta: O que é comum muitos clientes pedirem é para eu fazer dominação. Eles já perguntam quando ligam. Já perdi muito cliente porque achei que fosse trote. Mas tem muitos que gostam de sofrer, de serem dominados. Eles pedem para eu amarrar uma coleira no pescoço deles e arrastar feito cachorro. Eu mando eles limparem a casa, amarro eles na cama, bato, piso de salto fino, mijo na boca. Chamo eles de Maria. Muitos nem encostam em mim. O tesão deles é ser dominado. Depois se esfregam no chão, gozam e vão embora.
JI: Qual a fantasia mais inusitada que você realizou?
Roberta: A mais inusitada foi a de uma cara que queria rasgar um vestido no meu corpo. Ele pediu para eu vestir um vestido velho qualquer porque ele queria rasgar o vestido em mim. Pagou 60 reais só para rasgar um vestido. Outra fantasia estranha foi a de um cara que sentou em um ferro grosso e grande da cabeceira da cama. O ferro entrou todo dentro do ânus dele. Ele gozou e depois foi embora.
JI: Reza a lenda de que prostituta não beija na boca. Isso é verdade?
Roberta: Beijo na boca é uma coisa de quem ama. Na maioria das vezes não beijo cliente. Na verdade eu nem gosto de beijar na boca. Já enjoei. Nem meu namorado eu beijo muito. Tem cliente que já pergunta quando me telefona se eu beijo. Ás vezes eu abro uma exceção, é claro. Se for um cliente bonitinho, com uma boquinha limpinha, sem mau hálito eu até beijo. Aí não tem como não beijar. Mas se for velho banguela , horroroso e nojento eu não beijo mesmo.
Trabalhando como garota de programa há cinco anos, vivendo em uma quitinete em Coqueiral de Itaparica, Roberta (nome fictício) concordou em dar entrevista com a condição de que não houvesse foto e que seu nome verdadeiro não fosse revelado. “Não quero aparecer para não expor meus filhos”, justifica.
Loira, sorridente, abusa do visual sensual para conseguir clientela. Esmalte vermelho, mini-saia e decotes extravagantes fazem parte do seu figurino de trabalho. Nasceu em Cachoeiro de Itapemirim, tem três filhos de 16, 18 e 20 anos. É separada judicialmente e namora um rapaz de 22 anos filho da atual esposa do seu ex-marido. “Nosso namoro foi uma revolução na família”, comenta.
Com 35 anos, ensino médio completo, receptiva e desembaraçada, Roberta mostra um bom nível cultural. Deitada de bruços, mãos apoiadas no queixo, como quem faz confidência a uma amiga, à vontade e bem falante, em uma das duas camas de casal que compõem a modesta mobília da quitinete junto com uma mesa de vidro e seis cadeiras, um guarda-roupa grande, um freezer e um pequeno aparelho de som, ela conta como começou a se prostituir e o que a levou a optar por essa profissão.
Jornalismo Incompetente: Como começou a fazer programas?
Roberta: Comecei a fazer programa depois que fechei a minha boate. Quando tinha uma boate, eu só administrava e recebia o dinheiro das meninas que trabalhavam para mim. Então, quando o negócio começou a desandar, eu fechei e comecei a fazer programas para não ficar parada e enquanto não arrumava outra coisa para fazer.
JI: O que você fazia antes de administrar uma boate?
Roberta: Eu sempre fui comerciante. Já tive salão de beleza, já trabalhei com peças intimas e jóias.
JI: O que levou você a optar por ser garota de programa? Questão de sobrevivência ou desejo de luxo?
Roberta: O dinheiro rola fácil. Não se pode negar isso. E além de fácil é muito. Jorra uma grana violenta. Eu não me importo com muito luxo. Nem quando eu era casada eu gostava de roupa de marca. Mas eu tinha um carro importado quando tinha a boate, me vestia sempre bem. O importante é se vestir bem. Marca não é importante. Eu tenho meu próprio carro, me visto bem. Fazer programas é um trabalho muito bom.
JI: Você tem vontade de parar de fazer programa e fazer outra coisa?
Roberta: Como eu já disse, é um trabalho bom. O único motivo que me faz querer fazer outra coisa são as meninas que trabalham comigo. Elas são muito bandidas. Na boate que eu tinha elas costumavam dar telefone para os clientes e marcar saídas por fora. Já as mulheres casadas que trabalhavam lá não eram bandidas. Elas diziam para os maridos que iam trabalhar como doméstica, faxineira, qualquer coisa assim, e passavam o dia fora de casa. Terminado o horário na boate, elas iam para casa. Não davam telefone para os clientes. Essas são as melhores de se trabalhar. As outras são tudo bandida.
JI: Qual o perfil dos seus clientes e quanto você cobra por programa?
Roberta: A maioria dos meus clientes são homens de todas as idades. Têm coroas, jovens, solteiros, casados. Até menor de idade me liga. Muitos rapazes novos, bonitos, por incrível que pareça ligam procurando programas. Mas eu atendo também muitos casais e damas. Eu cobro 60 reais a hora. Mas é comum os clientes nem ficarem uma hora inteira. Eles perguntam quanto é meia hora, eu digo que é 40 reais, ás vezes eles pedem pra fazer por 30. Dependendo do caso eu faço.
JI: Você já sofreu agressão física de algum cliente?
Roberta: Graças a Deus não. Nunca fui socada. Tem muitas meninas que reclamam que são socadas, que apanham. Mas eu nunca fui. Se o cara começa a querer me bater, eu paro logo e mando embora. O pagamento é adiantado mesmo. Não aceito levar porrada de cliente não.
JI: Você usa preservativos em todas as relações mesmo contra a vontade do cliente?
Roberta: Sim. Eu acho preservativo uma porcaria, mas é um mal necessário. Outro dia fiz um checape, vi como estava a minha saúde. Tudo direitinho.
JI: Você sente prazer durante as relações?
Roberta: Na maioria não. Mas eu dou uma gemidinha para agradar o cliente. O ruim é quando um homem feio me faz gozar. É uma merda. Ás vezes um cara bonito não me faz gozar, aí vem um feio e faz. Eu odeio quando isso acontece. O jeito é jogar a bandeira do Brasil na cara dele e fazer por amor á pátria.
JI: Como você lida com a sua família e com o preconceito da sociedade?
Roberta: Meus filhos sabiam que eu tinha uma boate. Eles não sabem que eu faço programa, mas acho que eles desconfiam porque não são otários. Outras meninas já reclamaram de sofrer preconceito da sociedade, mas eu nunca fui recriminada. Já até namorei três clientes. E eles não reclamavam do meu trabalho. Me conheceram assim. Só o namorado de agora reclama. Eu faço escondido dele porque ele não gosta. Mesmo quando eu falo que to sem dinheiro e peço para ele deixar eu fazer um programa ele não deixa. Se ele souber que eu faço programa ele fica uma fera.
JI: Que tipo de fantasia geralmente os clientes pedem para você realizar?
Roberta: O que é comum muitos clientes pedirem é para eu fazer dominação. Eles já perguntam quando ligam. Já perdi muito cliente porque achei que fosse trote. Mas tem muitos que gostam de sofrer, de serem dominados. Eles pedem para eu amarrar uma coleira no pescoço deles e arrastar feito cachorro. Eu mando eles limparem a casa, amarro eles na cama, bato, piso de salto fino, mijo na boca. Chamo eles de Maria. Muitos nem encostam em mim. O tesão deles é ser dominado. Depois se esfregam no chão, gozam e vão embora.
JI: Qual a fantasia mais inusitada que você realizou?
Roberta: A mais inusitada foi a de uma cara que queria rasgar um vestido no meu corpo. Ele pediu para eu vestir um vestido velho qualquer porque ele queria rasgar o vestido em mim. Pagou 60 reais só para rasgar um vestido. Outra fantasia estranha foi a de um cara que sentou em um ferro grosso e grande da cabeceira da cama. O ferro entrou todo dentro do ânus dele. Ele gozou e depois foi embora.
JI: Reza a lenda de que prostituta não beija na boca. Isso é verdade?
Roberta: Beijo na boca é uma coisa de quem ama. Na maioria das vezes não beijo cliente. Na verdade eu nem gosto de beijar na boca. Já enjoei. Nem meu namorado eu beijo muito. Tem cliente que já pergunta quando me telefona se eu beijo. Ás vezes eu abro uma exceção, é claro. Se for um cliente bonitinho, com uma boquinha limpinha, sem mau hálito eu até beijo. Aí não tem como não beijar. Mas se for velho banguela , horroroso e nojento eu não beijo mesmo.
13 comentários:
parafraseando a idala funkeira de simone :totalmente demais!!!!!!!!
!!!!!!!arcanjo!!!!!!?
mais um!!!! mais um !!!! mais um!!!
!!!!!!!!!!!!arcanjo!!!!!!!!!!?
muito boa a parte da bandeira...em nome da patria .......hahahahaa!!!!!!!!
!!!!!!!!!arcanjo!!!!!?
Caralho simone
Sua chata, queria ter ido!
Mandou benzao!
FODÁSTICAAAAAAAAAAA!!!!!!!
VENENOSA VC ARRASOUUUUUUUUUUU!!!!
Putz! e deu sorte com a entrevistada tbm! o lance da bandeira foi demais!!!!!!!!!
*reverencia*
*reverencia*
*reverencia*
e segunda feira, tbm postarei a entrevista q fiz com a escritora Lavínia Motta...
mtooo boa a entrevista!!!
qria ter conhecido essa mulher!!!
ri pacas com a parada da bandeira!
isso ai venenosa!
é o lance da bandeira do brasil foi o alge,mas isso vale para as mulheres deprovidas de belesa,mas q fodem pra caramba,diz-se o mesmo,meus parabens foi demais,pena q gozei rapido a entrevista.
bela entrevista ^^
daqui a pouco sou eu fazendo esses trabalhos xP
fodástica!
fodástica!
anônimo, eu sei quem é vc.
muuuuuuuuuuuito boa!
sem palavras!
e novamente mais um coméntário sobre a bandeira do Brasil: adoreei
Adorei, Simone!
:)
Queria eu ter esse instinto jornalista tão seu.
Parabéns.
:**
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