quinta-feira, 10 de maio de 2007

Amarra Experimental por Natasha Siviero

O Papa está no Brasil e disse no avião que era contra o aborto, depois disse no discurso indiretamente, depois disse denovo! Já sei que ele disse.Quanta novidade!

Eu também vou postar a entrevista.

Dica de hoje: Aproveite a prepotência típica da tpm para criticar, falar mal mesmo.Manda ver!
(mas da entrevistadora, porque os entrevistados são todos homens)

Pensamento do dia: O amor deixa Sequela

E lá vai a entrevista


Música, performances artísticas, fogo, decorações que induzem a alucinação. A descrição parece de um ritual tribal, mas trata-se das festas rave,que vem crescendo no Brasil e especificamente no cenário capixaba nos últimos anos.
Alguns atribuem às festas eletrônicas a volta do consumo de drogas sintéticas. O LSD por exemplo que marcou a geração dos anos 60, volta a fazer parte do universo dos jovens de classe média e alta.
As raves parecem assombrar um cada vez mais os pais que desconhecem as festas e que não tem diálogos abertos com os filhos.A estudante de jornalismo Natasha Siviero descobre, num bate-papo franco, o que rola nas raves.


A quanto tempo vocês freqüentam festas rave?
Thiago:Desde 2004. Nesse tempo já consegui levar minha mãe, meu pai e minha irmã.Na próxima rave vou levar a minha avó.

A relação que se faz entre drogas sintéticas e festa rave e válida?
Gabriel:
É claro que ocorre o uso de drogas, como em todos os tipos de festa, mas a relação não é necessária. Eu freqüento rave e já tive a oportunidade de experimentar todos os tipos de droga.Nunca experimentei nem maconha.

Nem teve vontade?
Gabriel:Não.Só doce (LSD) que eu vou provar, não vai demorar muito.Mas ainda não chegou a hora.

Qual é a onda de doce?
João:Eu fico viajando na música.

Paulo:Cara, eu penso. Eu fico olhando para as pessoas, tentando entender tudo.

Thiago:Vou explicar. A gente tenta entender tudo que rola ali. Primeiro eu tento entender o som, porque o som tem uma lógica que a gente só enxerga quando está muito doido. Você consegue ver o som, é difícil, mas eu já cheguei num estagio que eu vi o som, que eu decifrei o som todinho, eu podia prever o som, e foi só com maconha.Depois você tenta entender as pessoas a sua volta,ai você olha ao seu redor, vê o que as pessoas então fazendo e falando e acha uma conexão entre tudo aquilo.Você fica analisando as pessoas.

Você se analisa?
Paulo:Eu me analiso. Analiso qual é a minha função ali.Vejo se minhas atitudes são diferentes das atitudes das pessoas que eu estou analisando e julgando.E lá dentro é laboratório social, você vê de pertinho vários exemplo da sociedade.

Não da pra fazer isso de cara?
Thiago:A manifestação das pessoas pela dança e pelas atitudes é uma coisa muito clara, mas só o ácido faz você ver isso. Por isso eu me apaixonei pelo ácido, é uma aprendizado muito grande. E é um aprendizado pro resto da vida. Se você não tomar nada você vive sua vida inteira no mesmo estado de consciência e eu não me imagino viver minha vida inteira no mesmo estado de consciência. Você poder olhar tudo de uma maneira diferente é uma experiência maravilhosa. Você entra numa realidade só sua. A onda é diferente em cada pessoa.Só você enxerga ,só você ouve ,e sua fala não consegue acompanhar seu pensamento.E eu acho que isso fica nos seu sub -consciente de uma maneira muito positiva.Corta preconceito,sabe?

Corta preconceito?
João:Corta.Tanto que em dois anos de rave eu nunca vi nenhuma briga.A única briga que eu vi foi segurança batendo em frito.( pessoa eu está sob efeito de droga)


As drogas deveriam ser legalizadas?

João:Não dá pra legalizar.Ia dar muito viciado usando, muito acidente de carro.Para ser legalizado o país tem que ser desenvolvido.No Brasil não ia dar.

Thiago:Tem que legalizar a maconha, para acabar o tráfico de droga. Hoje quem quer fumar maconha, fuma, é muito fácil de comprar, não ia mudar nada em relação à quantidade de usuários. Ai existiria um controle de qualidade da maconha, do mesmo jeito que existe um controle de qualidade dos alimentos,porque a maconha que a gente fuma é uma droga.Acho que seria positivo legalizar ,mesmo porque a maconha não é uma droga violenta como o crack e a cocaína

Paulo:Eu acho que plantar deveria ser legalizado. Você poder plantar o que vai consumir, pelo menos.

Como vocês vêem o aumento do consumo de drogas sintéticas?
Thiago: Eu acho muito ruim, aliás, esse foi um dos motivos que me fizeram parar de usar drogas.As pessoas estão desperdiçando a onda, se drogando só pra ficar doido, um querendo ficar mais doido do que o outro.Isso está rolando muito nas festas, as pessoas usando sem consciência.

E tem como usar droga com consciência?
Thiago:Você tem que usar droga pra se conhecer.Eu tenho idéias , eu não passo a rave em vão fazendo besteira.

E o que vocês pensam do futuro?
Thiago:
Essa minha fase já passou. Eu estou me dedicando aos estudos da filosofia.

Paulo:Thiago está com umas teorias muito legais.Está começando a se entender como gente.João ainda precisa aprender a ponderar a existência

Como assim?
Paulo:Ele não pensa na vida

Pensa?
João:Claro, eu tomo doce.

11 comentários:

•.¸¸.ஐJenny Shecter disse...

Não estou de tpm...
Mas quero reclamar:
EU TAMBÉM QUERO RECEBER 15 SALÁRIOS POR ANO, COMO NOSSOS QUERIDOS PARLAMENTARES!
E ISSO PARA FAZER NADA!
CADÊ A TÃO FALADA, SONHADA E PROMETIDA REFORMA POLÍICA????????
ALIÁS, CADÊ QUALQUER REFORMA??????
4 ANOS E QUASE 5 MESES DE GOVERNO E NADA...
¬¬'

Sobre a entrevista: madou bemzaço, Tashinha! Ficou muito foda!!!
VALEU!

Claudio Roberto França Pereira disse...

Porque eu acho que sei quem é Paulo, Thiago, João e Gabriel? Esses nomes não me soam estranho...

Daqui uns tempos vai entrar uma Juliana no meio, não?
Um Marcos eu não garanto...

Parabéns, tão mto massa seus textos. Estilo característico exclusivo. Show!

SOÇARBA!

Gaby disse...

Tashaaaaaa
adorei a entrevista.
mandou benzão.

Simone Azevedo disse...

Ótima entrevista.
Melhor que ela foi o pensamento do dia. Li ao som de Vanessa da Mata e conclui que o amor ás vezes nos deixa Mau.

Amora disse...

Simoninha, acho que vc entendeu perfeitamente

Simone Azevedo disse...

Tasha, pode ter certeza que eu entendi perfeitamente.

Rafael Arcanjo Jr. disse...

o perigo das raves não~são as drogas nem as confusões em potencial, é o fogo descrito pela nossa colunista !

Marcela Rangel disse...

Adorei sua entrevista, tashinha.Ah, e o pensamento do dia também.

:)

E depois de tantas divagações na aula, uma pergunta: E agora, José?

:**

Anônimo disse...

Sobree Rave;
Eu sempre discordei do ponto de vista que em rave soh rola drogas;
pelo contrario ah festa rave expressa liberdade, voce tem oh poder de escolha, vc pode fritar ou naum, isso soh depende de voce.
Ah musica eletronica é mto mais que um simples estilo musical, é um ESTILO DE VIDA!

^^

E sobree a entrevista
mando mto beeem Natashaa
soh falto uma detalhe,
kde a opnião femininaaa!?

Garotas tbeem curtem
TRANCE!

o/

Anônimo disse...

Oi,

Se quiserem aprofundar a discussão sobre raves e jornalismo, convido a uma visita:

www.antesdaestante.wordpress.com

Abraço

Anônimo disse...

Oi,

Se quiserem aprofundar a discussão sobre raves e jornalismo, convido a uma visita:

www.antesdaestante.wordpress.com

Abraço