sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Amarra Experimental por Natasha Siviero

Havia uma grande festa que reunia todos os reinos para celebrar o ano novo. Neste ano, o príncipe Halaam Habbib convidou uma moça a dançar, e, como tivesse ele os ombros de um rei, ainda encontravam-se no deserto depois que as festividades já haviam terminado.
A história de amor da princesa Sherazade e do príncipe Halaam ,porém,não poderia continuar.Um deserto inteiro os separava. Ela era areia e ele vinha de um reino onde havia servos e rei, descanso e trabalho, e onde existia hora para o dia e para noite. Enquanto para Sherazade só havia o que ela inventasse, e depois daquele dia só houve Halaam.
Tudo seguia o caminho no outro lado do deserto, mas o príncipe não conseguia parar de pensar no sol do ano novo, que nasceu antes da hora, descobrindo-o ajoelhado frente às pernas da princesa Sherazade. Quando não pode mais, mandou chamar um de seus servos e disse que preparasse três cavalos e um camelo, a outro, mandou que juntasse tudo que houvesse de colorido. Saiu em caravana, escoltado por dançarinas vestidas de lantejoulas azuis e uns tocadores de tambor. Iam atravessar o deserto.
Se o deserto é difícil de se superar, no entanto, é ainda mais para aqueles que vêm de reinos onde existe hora para o dia e para noite, e o príncipe demorará em vencer as areias.
Quando finalmente a caravana do príncipe Halaam Habbib conseguir atravessar o deserto, a princesa Sherazade já terá partido. Ignorante de tudo, varrida pelo vento, feita de neve,feito fevereiro.

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