quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Quero Ser Miriam Leitão, por Sylvia Ruth


O último grito da moda


São os modelos híbridos “morcego maligno extra-fashion com glamour super-hype capa de botija”, que a indústria da moda insiste em chamar de "baloné", alusão a uma coisa que a gente pode dizer que na verdade tem um pouco do tal híbrido descrito acima: muito tecido e gás debaixo pra fazer subir.


Na foto acima, temos bons exemplos do que já presenciamos neste verão e que deve bombar no próximo outono/inverno (que eles cheguem logo – o outono e o inverno). Nem bem Gisele (a Bündchen) desfilou seu corpicho saracura no Fashion Rio dentro de um modelito a lá Maria Antonietta, Cláudia Leitte ex-Babado Novo exibiu-se toda num pretinho basiquérrimo no global Calderão do Huck do último sábado, 12 de janeiro.


Quanto ao sujeito da penúltima foto... Bom, pra ele o último grito deve ser "Jerôôniiiimmooooooooo".


Nada de novo

Nem aqui, nem na China. A terra das Olimpíada divulgou o polpudo resultado do seu superávit comercial do ano que passou.

Foram US$ 262 bilhões (R$ 460 bi) positivos no saldo comercial chinês. E não é que eles não ficaram satisfeitos? Especialistas oficiais queriam mais, queriam um superávit de NO MÍNIMO US$ 300 bi. É mole?

E a presença do Brasil como destino fácil dos produtos made in China também não foi novidade. Por aqui, na frente deles, só os made in USA.

Em 2006 o saldo havia sido positivo para nós, mas os consecutivos resultados negativos da balança comercial tupiniquim em relação à grande nação vermelha durante todo o ano, se tornaram uma bela nota vermelha (combinando com a China, claro). Depois de um superávit de US$ 412 milhões em 2006, o Brasil passou ao déficit de US$ 1,868 bi, resultado do aumento em 57,3% nas importações brasileiras vindas do lar de Mao Tsé-tung. Em espécie, isso significa 12,617 bilhões de dólares ianques.


Sofre, baixa renda

“IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) fecha 2007 em alta de 4,46%, próxima ao centro da meta.”


“Inflação oficial do País sobe 1,3 ponto porcentual a mais que em 2006, pressionada pelos preços dos alimentos.”


“O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) fechou o ano passado com uma variação maior que o IPCA, de 5,16%. Em 2006, o INPC tinha acumulado alta de 2,81%. Em dezembro o INPC ficou em 0,97%, também acima do IPCA do mês (0,74%).”


Em tempo: o INPC registra a variação no poder de compra de famílias com um rendimento de um a seis salários mínimos. O IPCA abrange as famílias com rendimento de um a 40 mínimos. Lerê, lerê...



Depois vocês dizem que eu sou governista. Governista sim, golpista não.


O Governo Federal vai abrir uma linha de crédito especial para o Governo cubano pegar emprestado com o Brasil US$ 1 bilhão. Os dígitos estratosféricos para nós, pobres mortais assalariados, dão medo. São nove zerinhos, certo? O dinheiro deve ir para a alimentação, a construção de estradas, a exploração de níquel, os empreendimentos hoteleiros e a produção de medicamentos e vacinas.


Vai ser como quando o banco lhe oferece um crédito a perder de vista, mesmo sabendo que você não vale um tostão furado e esmerilhado, mas lhe empresta porque “confia” em você, porque ele lhe ama e quer lhe ver feliz e saltitante.


A gente sabe que investir (é como o Governo chama, eu estou tentando ser imparcial) 1 bilhão de dólares ianques em Cuba é como jogar um balde de água no Nordeste. Não deixe que os outros lhe façam pensar que depois deste belíssimo ato humanitário, tudo vai mudar. Um bilhão bem investido, é claro, traz retorno certo. Mas, aí são outros quinhentos.


Depois do fim da CPMF e de R$ 40 bi simplesmente precisarem evaporar das contas públicas, dá um frio na espinha infeliz ouvir dizer que o Brasil está de caridade com nosso rico bilhãozinho.


Mas até a Petrobrás pensa em investir em Cuba. E a Petrobrás, amigos, lembrem-se: é uma empresa muito mais “mercadológica” do que “governista”, ou melhor “política”. Ou seja, o importante para ela é como, em quanto tempo, e em qual quantidade aquilo se reverterá em dígitos para ela própria, e não qual peso político o que ela fizer vai fazer bem ao ego dela.


Se alguém neste recinto acha que ser governista é um insulto, pode me chamar de governista. Apedreja mesmo, sou classe média, estou aí é pra isso mesmo.

2 comentários:

•.¸¸.ஐJenny Shecter disse...

Q SAUDADE DESSA IRONIA FINA!
A=M=O!!!

Anônimo disse...

jerôooooooônimo!!!!!