Não sei a que mais pode estar fadada a geração da boquinha da garrafa senão à gravidez precoce
Vizinho ao meu prédio, na quadra de trás, tem uma creche municipal, que eu tenho até orgulho de dizer que é municipal porque ela é muito bonita, parece um barco, um navio, uma coisa assim. Minhas colegas de sala devem saber o quanto fiquei feliz também quando acordei ao som de Adriana Partimpim que vinha da tal creche.
Daí, continuei acompanhando a programação musical da escolinha, muito satisfeita com o que ouvia, inclusive. Muito oposto ao que poderia parecer, eu até que gostava do "barulinho" - ele era didaticamente correto, o que derrubava por terra a idéia que eu tinha há algum tempo de que as crianças não ouviam mais músicas de criança.
Até que segunda-feira um som nada agradável, vindo da creche, estremeceu meus ouvidos. Era a estrela do grotesco grupo de Belém do Paráááááá Calypso. Sinceramente, quase chorei. Hoje, já tocou Kelly Key e Latino, numa tacada só, como numa parada de hits da pior espécie, anunciadores do final dos tempos.
Me lembrei que meu irmão achincalhava minha geração, porque enquanto a dele foi da turma do Balão Mágico, a minha foi a das poses rebolativas das oxigenadas do Axé Music. É, tenho vergonha disso, mas enquanto Carla Perez virou mãe de família e puxadora de trio elétrico infantil, Simony arranjou um filho com um traficante preso que Gugu insistia em libertar.
No fim, tudo vira passado e os mais bizarros ganham o horário nobre dos shows de tevê mais sensacionalistas. Enquanto isso, a geração deles se enfurna nos escritórios para fazer um país mais feliz (para eles) e coloca seus filhos na creche e fa-los ouvir o que há de ser o inacreditável de amanhã. Kelly Key também vai virar uma velha recalcada, escreva.
Sinto muito para quem entrou aqui achando que ia me ver fazendo piadinhas sobre economia. É que, convenhamos, falar mal da Kelly Key (que aliás está bem sumidinha, tipo Britney Spears - aliás, a ex do Latino não consegue nem dar uns barracos divertidos tipo a loura desengonçada lá dos States, mas esse é assunto para a também sumidinha Simone Azevedo) é bem mais fácil.
Saudações amigos, enquanto o futuro monetário de vocês é decidido na CPMF.
Vizinho ao meu prédio, na quadra de trás, tem uma creche municipal, que eu tenho até orgulho de dizer que é municipal porque ela é muito bonita, parece um barco, um navio, uma coisa assim. Minhas colegas de sala devem saber o quanto fiquei feliz também quando acordei ao som de Adriana Partimpim que vinha da tal creche.
Daí, continuei acompanhando a programação musical da escolinha, muito satisfeita com o que ouvia, inclusive. Muito oposto ao que poderia parecer, eu até que gostava do "barulinho" - ele era didaticamente correto, o que derrubava por terra a idéia que eu tinha há algum tempo de que as crianças não ouviam mais músicas de criança.
Até que segunda-feira um som nada agradável, vindo da creche, estremeceu meus ouvidos. Era a estrela do grotesco grupo de Belém do Paráááááá Calypso. Sinceramente, quase chorei. Hoje, já tocou Kelly Key e Latino, numa tacada só, como numa parada de hits da pior espécie, anunciadores do final dos tempos.
Me lembrei que meu irmão achincalhava minha geração, porque enquanto a dele foi da turma do Balão Mágico, a minha foi a das poses rebolativas das oxigenadas do Axé Music. É, tenho vergonha disso, mas enquanto Carla Perez virou mãe de família e puxadora de trio elétrico infantil, Simony arranjou um filho com um traficante preso que Gugu insistia em libertar.
No fim, tudo vira passado e os mais bizarros ganham o horário nobre dos shows de tevê mais sensacionalistas. Enquanto isso, a geração deles se enfurna nos escritórios para fazer um país mais feliz (para eles) e coloca seus filhos na creche e fa-los ouvir o que há de ser o inacreditável de amanhã. Kelly Key também vai virar uma velha recalcada, escreva.
Sinto muito para quem entrou aqui achando que ia me ver fazendo piadinhas sobre economia. É que, convenhamos, falar mal da Kelly Key (que aliás está bem sumidinha, tipo Britney Spears - aliás, a ex do Latino não consegue nem dar uns barracos divertidos tipo a loura desengonçada lá dos States, mas esse é assunto para a também sumidinha Simone Azevedo) é bem mais fácil.
Saudações amigos, enquanto o futuro monetário de vocês é decidido na CPMF.
5 comentários:
Foda! Muito bem sacado colocar ai o desfecho de carla peris e simony.
só nao gostei da alfinetada nas oxigenadas. ô loirinha é o que há.Me da licença?
ah sim.Adriana partimpim é bem melhor que kelly key.Só nao me venha falar mal do zezé de camargo,por favor.
Eu estou preocupadíssima com o meu futuro financeiro, camarada Sylvia!
E sem comentários sobre Adriana ParTimPim versus aquelas outras coisas monstruosas q as crianças ouvem.
¬¬'
E além disso, fingimos não enxergar o q está na nossa cara: o problema d adolescentes grávidas...
(já virou clichê? sim! mas o problema permanece).
Enfim, Quero ser Sylvia Ruth!
eu já disse que gosto do que vc escreve?
bom, nã importa.
eu gosto.
e gosto um bocado.
e, bem, a Kelly Key já é mãe de família desde os 16
Eu já disse uma vez e repito: a Sylvia é a colunista mais competente deste blog!
E a Simone Azevedo passou por aqui.
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