sábado, 30 de junho de 2007

A Venenosa por Simone Azevedo

Mulheres de 20

Elas se importam com o que você pensa e se você tiver intenção de conversar elas darão toda a atenção do mundo;
Quando não querem assistir ao jogo de futebol, resmungam, pirraçam, mas é só para mostrar que há coisa muito melhor para fazer nas tardes de domingo e só você não vê;
Elas são inseguras. Não tem certeza de quem são é, ás vezes nem do que querem ou quem querem. Mas essa insegura é que lhes dá o ar de mistério e sedução que deixam vocês malucos;
Elas ficam com quem ainda não confiam porque pensam que todo mundo é digno de confiança. E (quase sempre) quebram a cara por causa disso.
Esperam sempre que você confesse seus pecados. Embora quase sempre já saibam, ouvir de você é sinônimo de companheirismo.
Ficam lindas sem maquiagem alguma. O que não acontece com mulheres mais velhas... Por que será, hein?
Mulheres de 20 falam por subtexto e muitas vezes te fazem acreditar em inverdades. Sempre te tiram do sério e deixa a sua vida de ponta cabeça. Qual seria a graça de uma vida politicamente correta?
Elas podem não dizer na sua cara que você é um idiota. Mas se for, te farão sentir isso sem dizer uma única palavra;
Você nunca precisa se preocupar onde se encaixa na vida dela. Ela saberá isso por vocês dois. Ela só precisa saber se você quer se encaixar.
Elas sonham com casamento e uma vida feliz com o príncipe encantado;
Mulheres de 20 são gulosas e preferem comprar um porco inteiro porque para elas uma lingüiça separada do resto não faz a menor diferença.
Mas infelizmente, como mulher de 20 que sou, percebo que não há nenhum homem de 20, 30, 40 ou 50 que consiga compreender as sutilezas das mulheres. Sejam elas de qualquer idade. O pior é que eles pensam que podem. E no final, o máximo que fazem é enquadrá-las dentro dos padrões de suas próprias vontades. Companheiras, perdoem-nos: eles não sabem o que fazem!
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Sem querer ofender, Jabor.

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Quero ser Miriam Leitão, por Sylvia Ruth

Chega de Saudade

Não, isso não é uma miragem! Não, sua mente perturbada não lhe pregou mais uma peça! Sim, a espertíssima coluna sobre economia do Jota está de volta.

Eu não posso deixar de dizer que depois de muito penar sem internet em casa, estou muito feliz por estar de volta, embora não tenha me preparado devidamente para este dia. Mas vamos andando que logo a gente chega.

Quanto custa a violência

Dia desses, o Ipea divulgou um relatório sobre o custo da violência no Brasil. Me lembrei de um debate na aula de Teorias e Práticas Jornalísticas para Meios Impressos sobre quanto se economizaria se a violência no Brasil fosse, digamos, mais sustentável.

No site do Instituto dá pra ler o documento na íntegra, mas como está em pdf e meu computador está insustentavelmente lerdo, não deu pra eu abrir sem fazê-lo chiar.

A pesquisa revelou que em 2004 o custo da violência no Brasil foi de, pasmem, nada mais nada menos que 92,2 bilhões de brócolis brasileiros, o que representou 5,09% do PIB verde e amarelo, ou um valor por cabeça de R$ 519,40. R$ 28,7 bilhões gastos pelo setor público e R$ 60,3 bilhões de gastos do setor privado. O interessante é que eles falam sobre gastos tangíveis e intangíveis. Pergunta: como calcular o intangível?

As despesas públicas englobam gastos (ou investimentos) com segurança, sistemas prisional e de saúde. Nas despesas do setor privado estão estimados a perda de capital humano por mortes violentas, as despesas formal e informal de segurança privada, os gastos com seguros e o valor dos bens roubados e furtados.

A pesquisa também denuncia que nada mais que 28% das ocorrências criminais chegam ao conhecimento da justiça. Ou seja, a impunidade não é reservada aos nossos inocentes parlamentares, tem MUITO mais coisa que fica por baixo do tapete. Dava um mensalão por semana em cada buteco de esquina.

Ah, fiquei na dúvida agora. A pendenga do Renan Calheiros, a imprensa chama de Escandalo do Presidente do Senado, Caso Renan Calheiros, O golpe do Renan na filha, O coice nos bois, ou já criaram um nome mais carinhoso pra pulada de cerca do cara?

Opa, voltando... Essa pesquisa mostra o que todo mundo já sabe mas que agora virou números, dinheiro, que vaza pelos bolsos do Estado e das empresas. E aí amigo, você já sabe, mexeu no bolso (a parte mais sensível do corpo humano) a coisa dói. Vamos ver.

E o rico cada vez fica mais rico...

Ê musiquinha cretina. O Estadão mostra hoje uma matéria sobre o aumento do número de milhonários no Brasil. No ano passado a terra dos papagaios aumentou em 10,1% o número de pessoas financeiramente felizes.

Do outro lado estão os miseráveis. Números da Fundação Getúlio Vargas datados de 2005 indicam que a queda no número de pessoas extremamente-pobres-mesmo foi de 8%.

Agora vou embora, mas semana que vem eu volto, "que é pra acabar com este negócio de você viver sem mim", diriam Jobim e Vinicius.

quinta-feira, 21 de junho de 2007

**Patty Literária** por Gabi Zorzal

Apesar de não me encaixar nesse quadro de mulherer com mais de 30, não pude deixar de postar esse texto ótimo. Deliciem-se.

A lingüiça

A medida que envelheço e convivo com outras,
valorizo mais ainda as mulheres que estão acima dos 30;
Elas não se importam com o que você pensa,
mas se dispõem de>coração se você tiver a intenção de conversar;
Se ela não quer assistir ao jogo de futebol na tv, não fica à sua
volta resmungando, pirraçando... vai fazer alguma coisa que queira fazer...
E geralmente é alguma coisa bem mais interessante;
Ela se conhece o suficiente para saber quem é, o que quer e quem quer.
Elas definitivamente não ficam com quem não confiam;
Mulheres se tornam psicanalistas quando envelhecem.
Você nunca precisa confessar seus pecados... elas sempre sabem...
Ficam lindas quando usam batom vermelho.
O mesmo não acontece com mulheres mais jovens... Por que será, hein??
Mulheres mais velhas são diretas e honestas.
Elas te dirão na cara se você for um idiota, caso esteja agindo como um!
Você nunca precisa se preocupar onde se encaixa na vida dela.
Basta agir como homem e o resto deixe que ela faça...
Sim, nós admiramos as mulheres com mais de 30 anos!
Infelizmente isto não é recíproco, pois para cada mulher com mais
de 30 anos, estonteante, bonita, bem apanhada, sexy, e bem
resolvida, existe um homem com mais de 30, careca, pançudo em
bermudões amarelos, bancando o bobo para uma garota de 19 anos...
Senhoras, eu peço desculpas por eles : não sabem o que fazem!
Para todos os homens que dizem: "Porque comprar a vaca, se você pode beber o leite de graça?", aqui está a novidade para vocês:
hoje em dia 80% das mulheres são contra o casamento e sabem porquê??????
Porque " as mulheres perceberam que não vale a pena comprar um porco inteiro só para ter uma lingüiça!".

Nada mais justo!!!!!!!!!!!

Arnaldo Jabor




**Paty Literária**

domingo, 17 de junho de 2007

Dia do leitor por Ivan Castilho

“Novela”
Na hora da novela ele decidiu morrer sozinho no quarto, com as janelas abertas para não parecer suicídio de artista. Pensou na esposa na sala e nos três filhos brincando com o computador. Como um velho blues ele pulou os telhados e fez curativos em todos os machucados que a vida – esta piranha – lhe ofereceu: cabeça de João em bandeja de prata. Deitou. Virou de lado. Lobos uivavam em seus ouvidos. Labirintite, com certeza. Ajeitou o travesseiro e ficou olhando um pedaço do céu que se entregava pela janela.
“Antes do fim da tarde”

Antes do fim da tarde apenas os mais tristes, como eu, sobrevivem impunemente e os dias contam sempre as mesmas histórias que bêbados e desesperados já conhecem desde sempre, é apenas o coração do leviatã a que chamamos vida, ora direis as marcas de batom, os cílios pintados, as descoloridas manchas do amor, os quartos pequenos e sujos e quentes dos acanhados hotéis por onde andamos e deixamos pedaços de nossos corpos como se assim sempre fosse, como se navegar também, esqueçamos então e vamos partir para o esquecimento cinza dos velhos blues, a desesperança estampada em nossas caras, pobres crianças assustadas, tentando adivinhar de onde vem o próximo tapa, as novas doenças, somos pencas de pequenos anjos que não se cansam de cair de incômodo céu, temos então as estranhas nuvens, ansiamos, meu pequeno amor, por infernos mais profundos, pântanos mais escuros, mulheres de negro mais intenso, mares dantescamente nunca navegados, não há nada a fazer, nada a temer, somos alvos de tolos deuses, esses chatos que brincam de autorama e então está tudo bem, estamos felizes mergulhados na insignificância do existir ou seja lá que merda é esta a nos envolver como uma grande, pálida e incomensurável distância que nunca, nunca percorreremos e sentamos, enfim, olhos fixos na lâmina do afiado punhal a nos guiar, gado amarrado, pendurado como gente em caminhão, estradas vermelhas do centro-oeste deste país, bandidos a espera da bala perdida e certeira que nos perfurará o peito como trem japonês, descansemos então, pequena criança: o céu despeja jato de tinta negra sobre nossas cabeças.

A Venenosa por Simone Azevedo

Pão com mortadela: a missão

O mantra “antes só do que mal acompanhada” não deu resultado?
A sua solidão não foi curada com compras e sorvetes?
Você ainda continua desesperada a procura de um namorado?
Então, cara leitora, aqui vão algumas dicas de renomados especialistas em solteirisse aguda e dor de cotovelo crônica com tudo o que você precisa fazer para não passar a festa junina solteira (já que o dia dos namorados já é coisa do passado).
Agora é com você!
1) primeiramente, o seu grau de exigência deve atingir índices negativos.
2) Sua alto- estima tem que ser reerguida. Depois de tanto sorvete no dia dos namorados é hora de endurecer esse bumbum.
3) Tendo em vista o grau de desespero é hora de soltar a famme fatale que há dentro de você.
4) A cara de pau tem que estar tonificada com todo o óleo de peroba que você encontrar.
5) Saia à caça. Jogue todo o seu charme em cima daquele gatinho que sua mãe pediu a Deus como genro.
6) Se a balada não foi produtiva, não se desespere. Reduza ainda mais seu grau de exigência. Pense que, nessa altura do campeonato, qualquer pão com mortadela serve.Telefone para todos os caras que já foram afim de você e que você sempre dispensou e sonde se eles estão afim de dar aquela desfilada na quermesse do seu bairro com você.
7) Imagine que esse barango que aceitou sair com você é o Jonny Deep. Se não der certo, e seus olhos teimarem em lhe mostrar a dura realidade que está ao seu lado, mentalize: qualquer pão com mortadela serve.
8) Se ele te ligar no dia seguinte é sinal de que seu tempo de encalhada está chegando ao fim. Mas, se o sacrifício de sair com o barango não render um namorado, é melhor aceitar a solteirisse de uma vez. Mas não fique triste. Pão com mortadela engorda.

quinta-feira, 14 de junho de 2007

*Patty Literária* por Gabi Zorzal

Antes só do que mal acompanhada

Vou ser obrigada a descordar da minha companheira de Blog, Venenosa. Em certas ocasiões é melhor uma péssima companhia que nenhuma. E o dia dos namorados se encaixa perfeitamente nisso. O dia foi tão horrível que eu deveria poupá-los, mas decidi compartilhar.
Na manhã do dia doze, me arrumei especialmente para o programa que faria - não que eu já tivesse decidido, mas eu sabia que um iria aparecer.
Às 9 horas da manhã o Marquinho me ligou. Me chamou para ir no cinema assistir Piratas do Caribe 3.
¬¬'
Minha resposta foi não, claro.
Esse é um filme para se ver com alguma amiga e comentar o quanto o Johnny Depp está pegável mesmo com dente podre e bafo de rum. Além do mais, ele nem beija tão bem assim...O Marquinho eu digo, não o Depp, que eu ainda não provei.
Então, às 11 horas o Edu me ligou. Me chamou para almoçarmos juntos para comemorar o dia do comércio criado pela sociedade capitalista. Minha resposta foi não. Dia dos Namorados com o melhor amigo gay não rola, né? E eu acreditava que um programa melhor apareceria. Além do mais o Edu não me deixa tomar refrigerante porque dá celulite.

Eu estava esperando a ligação do Dan. O top dos tops da minha vida. Ele ligaria com toda certeza.

Quando o celular tocou às 15:17 eu estava convicta que meu dia dos namorados estava garantido. Blusa preta ou tomara que caia azul? Eu teria que gastar meus neurônios
pensando naquilo o resto do dia. Me decepcionei.
Era o Douglas me chamando para comer um cachorro-quente a noite.
A única coisa que digo é: NUNCA.
Coisa mais brega.
E afinal de contas ele é namorado de uma amiga minha. Comer um cachorro-quente na esquina e ainda segurar vela é decadência total.

Às 16:48 meu celular emite um som. Mensagem!!!!!
Ahhh que fofo, o Dan ficou com vergonha de ligar e me mandou um torpedo.
Mas era só a vivo me informando que meu saldo estava acabando.
Eu odeio quando a vivo informa qualquer coisa.

A noite, quando eu já estava totalmente desiludida da vida e já tinha me entregado a leitura, resolvi ligar pra ele.
AAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHH!
Alguém pode me explicar porquê nós nos submetemos a esse tipo de coisa?
Meu Deus! Eu sou a mais idiota do mundo.
Por que que isso tinha que acontecer comigo?!?!?!?!?!?!?!?!?!
Mas acho que todo mundo tem uma onda de loucura e faz uma besteira dessas alguma vez, né?!
O que eu ouvi foi:
- Pode me ligar amanhã, Patty?
- Certo, posso sim.
- Desculpa, é que estou um pouquinho ocupado com a Déb.
- Déb?
- Minha namorada. Nós estamos...
- Não, não! Me poupe de detalhes.

Fui pra minha cama e voltei a ler desejando uma má companhia ao menos.
¬¬'



Bjos da Patty.

domingo, 10 de junho de 2007

Ave Franklin! Por BruneLLa Wyvern.

Bem, não achei que seria justo me despedir com uma notinha... Então aqui está meu último texto...
Absollutamente diferente de todos os textos que até hoje escrevi a vocês... Mas essa é a intenção...
Se eu conseguir provocar alguma inquietação em algum de vocês, ficarei extremamente feliz...
Se não conseguir, ficarei um tanto decepcionada, mas nada que eu não possa superar...
O fato é que levo uma alma que não conheço e sou levada por ela. Não passo de uma peça ínfima da grande aventura da vida, um pedacinho fugaz de algo que é bem maior e mais poderoso do que eu. Trago dentro de mim a consciência que este Universo tem de si mesmo e recebi o Big-Bang como presente de batismo.

Fiquem com o texto...
Até a próxima...


MANIFESTO FILOSÓFICO

Existe um mundo. Em termos de probabilidade, isso é algo que esbarra no limite do impossível. Teria sido muito mais fidedigno se, por acaso, não existisse nada. Nesse caso, ninguém teria começado a perguntar por que não havia nada.

Ante um olhar imparcial, o mundo não se apresenta apenas como um improvável fato único, mas como uma constante carga para a razão. Quer dizer, se é que existe a razão, se é que existe uma razão neutra. Assim soa a voz de dentro. Assim soa a voz do Curinga.

A voz é articulada aqui e agora pelos descendentes dos anfíbios. Sai com a tosse dos sobrinhos dos sáurios terrestres na selva de asfalto. Os descendentes dos mamíferos peludos perguntam se existe alguma razão além deste vergonhoso casulo que não pára de crescer em todas as direções.

Alguém pergunta: quão grande é a probabilidade que algo tem de nascer do nada? Ou ao contrário, claro: que probabilidade existe de que algo tenha sempre existido? Ou, não obstante: pode-se calcular a possibilidade de que a matéria cósmica de repente, uma bela manhã, acorde consciente de si?

Se existe um Deus, ele não só é um ás em deixar vestígios, mas, sobretudo, um mestre em se esconder. E o mundo não é dos que falam além da conta. O firmamento continua calado. Não há muito mexerico entre as estrelas. Mas ninguém ainda se esqueceu da grande explosão. Desde então, o silêncio reinou ininterruptamente, e tudo que existe se afasta de tudo. Ainda é possível topar com a Lua. Ou com um cometa. Não espere que o recebam com amáveis clamores. No céu não se imprimem cartões de visita.

No princípio foi a grande explosão, e isso já faz muito tempo. Aqui só se falará do bis da noite. Ainda é possível conseguir uma entrada. Numa palavra: a recompensa consiste em criar o público do espetáculo. Sem a platéia, não teria sentido chamar de espetáculo o que aconteceu. Continua havendo lugares vagos.

Quem pôde se alegrar com os fogos de artifício cósmicos quando nada além de gelo e fogo ocupava a platéia do firmamento? Quem pôde adivinhar que esse atrevido primeiro anfíbio não apenas tinha percorrido de gatinhas um trecho a partir da margem, mas tinha dado um passo de gigante pelo longo caminho até a orgulhosa visão de conjunto do primata sobre o princípio de tal caminho? O aplauso à grande explosão só chegou quinze bilhões de anos depois de a explosão ocorrer.

Criar um mundo inteiro tem necessariamente de ser considerada uma façanha louvabilíssima, mesmo que tivesse causado ainda mais admiração se um mundo inteiro tivesse sido capaz de criar a si mesmo. E vice-versa: a experiência de ter sido criado não é nada em comparação com a incrível sensação de quem criou a si mesmo do nada e pode ficar de pé sem a ajuda de ninguém.

O Curinga nota que cresce por si mesmo, nota que não é simplesmente produto da sua imaginação. Nota que está crescendo esmalte e marfim em seu focinho antropomorfo. Nota o leve peso das costelas do primata sob a camiseta, nota o pulso rítmico que bate sem cessar, bombeando o líquido quente por todo o corpo.

Não é de estranhar que o Criador, segundo dizem, tenha retrocedido um passo ou dois quando modelou o homem, com terra que pegou no chão, soprando-lhe vida pelo nariz para transformá-lo numa criatura viva. O mais surpreendente desse acontecimento foi a falta de espanto de Adão.

O Curinga se move entre os elfos de açúcar em forma de primata. Baixa os olhos e vê duas mãos desconhecidas, acaricia com uma das mãos um rosto que não conhece, toca sua testa e sabe que ali dentro age como um fantasma o enigma do eu, o plasma da alma, a gelatina do conhecimento. Mais perto do núcleo das coisas não poderá chagar. Tem a sensação de ser um cérebro transplantado, logo já não é ele.co que bate sem cessar, bombeando o lb a camiseta, nota o pulso r

Um grande anseio percorre o mundo. Quanto maior e mais poderosa é uma coisa, mais profunda a melancolia após o parto. Quem ouve a melancolia de um grão de areia? Quem presta ouvido ao anseio do pilho? Se não existisse nada, ninguém sentiria falta de nada.

Levamos uma alma que não conhecemos e somos levados por ela. Quando o enigma se ergue sobre duas patas sem ter sido solucionado, é que chegou a nossa vez. Quando as imagens sonhadas beliscam o próprio braço sem acordar, somos nós. Porque somos o enigma que ninguém sabe resolver. Somos o conto encerrado em sua própria imagem. Somos os que andamos sem parar e nunca chegamos à claridade.

Há algo que aguça os ouvidos e abre os olhos de par em par: subindo dentre as línguas de fogo, subindo da pesada sopa de matéria primitiva, subindo pelas cavernas, subindo por cima dos horizontes das estepes.

O caminho misterioso não vai para dentro, mas para fora, não entra nos labirintos, mas sai deles. O caminho misterioso sobe por frias névoas de hidrogênio, braços de espiral rotativos e supernovas que explodem. A última etapa foi um tecido de macromoléculas autoconstruídas.

A teia da aranha dos segredos da estirpe se estende dos micropuzzles da sopa da matéria aos crossopterígios videntes e anfíbios de vanguarda. Répteis que põe ovos, prossímios acrobáticos e nostálgicos antropomorfos foram prestando com muito cuidado seu testemunho. Escondia-se uma auto-percepção ultralatente bem dentro do cérebro do réptil? Algum antropomorfo excêntrico percebia de vez em quando um adormecido indício do plano geral?

Como uma névoa enfeitiçada, eleva-se a visão de conjunto através da névoa, subindo da névoa. O enfastiado meio-irmão do neanderthal toca a testa e sabe que atrás do osso frontal do primata nada a branca massa cerebral, o piloto automático da viagem da evolução, o airbag do festival de proteínas entre coisa e pensamento.

O grande salto tem lugar no picadeiro do circo cerebral tetrápode. É aí que se informa sobre os últimos triunfos da família. Nos neurônios dos vertebrados de sangue quente saltam as primeiras rolhas de champanhe. Primatas pós-modernos chegam enfim à grande visão do conjunto. E não se espantem: o Universo vê a si mesmo em grande angular.

O vertebrado olha de repente para trás e contempla a misteriosa cauda da estirpe na imagem do espelho retrospectivo da noite dos anos-luz. Por fim, o caminho enigmático chegou a seu destino, e seu destino foi a consciência do longo caminho até o destino. Não se pode fazer outra coisa a não ser aplaudir com essas extremidades que são lançadas na conta da carteira genética da espécie.

É natural que o elefante se sinta envergonhado porque seus antepassados de repente se meteram num eterno beco sem saída. Mais horas são concedidas ao prossímio. Talvez ele tivesse um aspecto de bobo, mas pelo menos conservou o senso de orientação. Nem todos os caminhos levam ao Curinga.

Dos peixes, répteis, e pequenos e manos musanharos, o primata chique herdou um par de olhos com visão de profundidade. Os estranhos herdeiros forçados dos crossopterígios estudam a fuga das galáxias no espaço celeste e sabem que o olhar demorou bilhões de anos para focalizar algo. As lentes são compostas de macromoléculas polidas. O olhar pode focalizar algo graças a proteínas hiperintegradas e aminoácidos.

No globo ocular colidem a visão e a percepção, a criação e a reflexão. As esferas oculares de Jano são uma porta giratória mágica em que o espírito criador encontra a i mesmo no criado. O olho que olha para o Universo é o olho do próprio Universo.

Os elfos não são virtuais, são vertebrados. Ovas eles são, ovos de sapo, crias mutantes de répteis. Os elfos são vertebrados pentadáctilos, os legítimos herdeiros do musanharo, primatas sem cauda que descem das árvores na reverberação sem graça do pré-histórico toque do tímpano.

Os elfos não vêm de fora, mas de dentro. São teias de aranha microinspiradas das alocadas aranhas de DNA. Colônias de células hiperdiferenciadas eles são. Não são fantasia, mas conto de fadas, contos concretos de fada.

O planeta vivo é atualmente administrados por bilhões de primatas superindividuais. Os exemplares provêm em sua totalidade da mesma baía e do mesmo ventre crossopterígio. Jamais dois elfos foram idênticos. Até agora os elfos nunca aterrissaram exatamente no mesmo planeta.

O Curinga se encontra no fim do caminho misterioso. Sabe que usa uma bagagem antiga, não de bolsas e maletas, mas de cada célula do corpo. Vê como o planeta continua soprando suas elaboradas esculturas de DNA conforme medidas internas microinspiradas. Quem é o elefante do ano? Onde está o avestruz do ano? Quem é atualmente o primata mais famoso do mundo?

Os elfos estão agora no conto, mas são aquilo para o que não há palavra. Seria o conto um verdadeiro conto se fosse capaz de ver a si mesmo? Causaria impacto a vida diária se estivesse constantemente se explicando a si mesma?

Os elfos de açúcar estão a todo momento mais vivos do que bem-comportados, mais fantásticos do que confiáveis, mais misteriosos do que são capazes de entender com sua pouca razão. Como besouros enjoados zumbem de flor em flor numa sonolenta tarde de agosto, os elfos de açúcar da temporada se aferram a seus habitats urbanos no espaço celeste. Só o Curinga se libertou.

Os elfos apontam seus radiotelescópios para distantes nebulosas na periferia do conto invertido. Mas o fantástico não se deixa entender de dentro, e os elfos são a parte de dentro. Os elfos vivem em seu próprio mundo. Estão encapsulados pelo campo gravitacional ontológico desse enigma. São o que há, e para isso não existe compreensão, somente extensão.

A uma altura de quarenta mil pés estão sentados comodamente os primos distantes do peixe, olhando para as luzes das casas de Hansel e Gretel. Ainda que a luz se fosse, continuariam andando ali embaixo na penumbra. Ainda que se apagassem todas as lâmpadas, subiria uma aura do solo.

Inicia-se a manhã em Elfolândia, e ainda está bastante escuro, embora cem mil luzes interiores ardam em fogo baixo antes de se acenderem as lâmpadas elétricas. Os elfos de açúcar começaram a se retorcer para sair de seus sonhos fleumáticos, mas as células de seu cérebro continuam projetando filmes umas para as outras. O filme está sentado na sala vendo a si mesmo na tela.

Os elfos tentam pensar alguns pensamentos tão difíceis de pensar que não são capazes de pensá-los. Mas não conseguem. As imagens da tela de cinema não saltam para a sala de cinema para atacar o projetor. Só o Curinga acha seu caminho entre as filas de cadeiras.

Os elfos representam seus papéis hiperimprovisados no teatro mágico da civilização. Cada um deles se identifica tanto com o papel que o espetáculo nunca tem público. Não há alheios, não há olhares recostados, só o Curinga dá um passo para trás.

Mamãe Elfo está diante do espelho contemplando os cabelos louros que caem sobre seus ombros delicados. Acha que é o primata mais maravilhoso do mundo. Pelo chão engatinham os nenéns elfos com as mãos cheias de pequenas peças de plástico de cores vivas. Papai Elfo está refestelado no sofá com a cabeça escondida sob um jornal cor-de-rosa. Acha que a vida diária é sólida.

Éons depois de o sol se transformar numa gigante vermelha, ainda se podem perceber alguns sinais de rádio dispersos na nebulosa. Poá a camisa Antonio? Vem já com a mamãe! Faltam só quatro semanas para o Natal.

Na escuridão dos ventres avultados nadam a todo instante vários milhões de casulos de uma flamante consciência do mundo. Desvalidos elfos de açúcar saem por pressão um a um, quando estão maduros e são capazes de respirar. Ainda não podem tomar outro alimento senão um adocicado leite de elfo que sai jorrando de um par de suaves botões de carne de elfo.

O guri de elfo de açúcar vestindo um macacão azul está para comê-lo. Mamãe Elfo o vê balançar num pedaço de pau preso a um par de grossas cordas que pendem de um galho da grande pereira. Assim ela pode fazer as contas das centelhas vespertinas do grande fogo milagroso. Controla tudo o que há no pequeno jardim, mas não vê a bengala que interrelaciona todos os jardins.

A Dama de Copas é sua própria flor. Quando quer decorar o salão ou se encontrar com seu amado, colhe a i mesma. Decerto, toda uma mostra de habilidade, sabe que é uma espécie rara. As tulipas estão loucas de vontade de fazer a mesma coisa. As margaridas olham com inveja para ela. Os lírios fazem profundas reverências.

Ao morrer, como quando a cena está fixada no rolo do filme e os cenários foram derrubados e queimados, somos fantasmas na lembrança que nossos descendentes guardam de nós. Então somos fantasmas, querido, somos mito. Mas ainda estamos juntos, ainda somos um passado comum, um passado distante, é o que somos. Debaixo de um relógio de passado mítico ainda ouço sua voz.

O Curinga ronda intranqüilo entre o elfos de açúcar como um espião num conto de fadas. Faz suas reflexões, mas não tem nenhuma autoridade a quem informar. Só o Curinga é que vê. Só o Curinga vê o que é.

Que pensam os elfos no momento de serem paridos e chegam completos e desenvolvidos a um dia flamejante? Que dizem as estatísticas sobre isso? É o Curinga que pergunta. Ele mesmo tem um sobressalto cada vez que ocorre o pequeno milagre, descobre-se como que num jogo de manhã da criação. Dessa maneira saúda a criação da manhã.

O Curinga acorda de sonhos desconexos para uma realidade de carne e osso. Apressa-se a colher os frutos da noite, antes que o dia os amadureça demais. É agora ou nunca. É agora, e nunca mais. O Curinga compreende que não pode sair duas vezes da mesma cama.

O Curinga é um boneco mecânico que se quebra em pedaços todas as noites. Quando acorda, recolhe braços e pernas e os compõe de novo para que o boneco volte a ser como no dia anterior. Quantos braços havia? Quantas pernas? E, depois, uma cabeça com um par de olhos antes de poder se levantar.

O Curinga acorda numa almofada dentro de um disco rígido orgânico. Nota como tenta chegar à praia de um novo dia a partir da cálida corrente de miragens mal digeridas. Qual é a energia nuclear que acende os corações dos elfos? Quais são as turbinas que propulsam os fogos artificiais da consciência? Qual é a força atômica que une as células cerebrais da alma?

Nota como voa no vazio. Não pode continuar assim. Não terá merecido se aproximar mais um passo? O Curinga faz alguns movimentos obstinados diante do espelho do armário, tenta roubar do duplo da alma um piscar de olhos cheio de compreensão. Mas tudo é como antes. Aperta os dentes, belisca-se o milagre.

De repente está sentado na cadeira de montar numa fileira de alfa a ômega condenada à morte. Não se lembra de ter montado a cavalo, mas nota como os potros da vida galopam debaixo dele e é levantado por forças míticas para uma repentina parada.

O Curinga é tão rico em passado que num instante embriagador se sente infinitamente robusto. Quantas gerações desde a primeira divisão celular? Quantos partos pode incluir desde o primeiro mamífero? É o momento dos grandes números. Acaso já não havia iniciado essa reflexão matutina quando o primeiro peixe irrompeu na quietude da água? De repente o pequeno bufão se sente incuravelmente enjoado. Rico em passado, sim, ele é. Mas não tem futuro. Rico em história ele é. Mas não é nada depois.

O Curinga é um anjo em apuros. Por causa de um mal entendido fatal, vestiu-se de carne e osso. Só queria compartilhar as condições dos primatas durante alguns segundos cósmicos, e teve o azar de puxar a escada celestial e descê-la com ele. Se ninguém o recolher já, o relógio biológico andará cada vez mais depressa, e ficará tarde demais para regressar ao reino dos céus.

A porta do conto está aberta de par em par. Está claro que alguém deveria informar sobre isso, mas não há nenhuma autoridade a quem comunicá-lo. O Curinga é arrastado inexoravelmente para a fria corrente do que não existe fora. Enxuga uma lágrima, não, está chorando de verdade. É assim que o frágil bufão diz seu triste adeus. Sabe que não pode regatear. Sabe que o mundo nunca voltará.

O Curinga só está presente em parte no mundo dos elfos. Sabe que vai embora, e por isso acertou suas contas. Sabe que vai desaparecer do todo, e por isso já está meio desaparecido. Vem de tudo o que há e não vai para lugar nenhum. Quando chegar ao destino, não poderá nem sonhar em voltar. Irá para o país onde nem sequer se dorme.

Quanto mais o Curinga se aproxima da extinção eterna, maior é a clareza com que vê o animal que o cumprimenta no espelho ao enfrentar um novo dia. Não acha consolo no olhar aflito de um primata de luto. Vê um peixe enfeitiçado, um sapo metamorfoseado, uma lagartixa deforme. É o fim do mundo, pensa. Aqui acaba abruptamente a longa viagem da evolução.

Precisa-se de bilhões de anos para criar um ser humano. E ele só precisa de alguns segundos para morrer.

terça-feira, 5 de junho de 2007

Ave Franklin! Por BruneLLa Wyvern.

Despedida

Quero agradecer a todas e a todos que tiram alguns minutinhos do seu tempo para lerem as linhas mal-criadas de uma garota que teimou em querer ser jornalista um dia...
Mas por acontecimentos pessoais, eu estou comunicando que não postarei textos por um tempo... Aliás, nem sei se volto... Mas estejam certos de que vocês saberão!
Obrigada aos que me apoiara, aos que concordaram e, principalmente, aos que discordaram do que escrevi... Vocês todos são muito importantes pra mim...
Até...
BruneLLa Wyvern

domingo, 3 de junho de 2007

Ave Franklin! Por BruneLLa Wyvern.

Levantando a bandeira novamente...
RESPEITO ÀS DIFERENÇAS...

A comunidade gay cresce, aparece, ganha força e exige seus direitos!

As Paradas do Orgulho GLBT (gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros) batem recordes mundiais no Brasil. A divulgação na mídia por meio de novelas e filmes acerca do tema ganha a atenção do público. A homossexualidade não é novidade na história humana, mas isso ainda não garantiu a gays e lésbicas o direito de serem tratados como os heterossexuais. Pelo menos não no que se refere à forma de dividir o mesmo teto e o mesmo edredom.

A união homoafetiva é considerada uma realidade subversiva e imoral para a maior parte da população. O preconceito está incorporado desde comentários “inocentes” a atentados homofóbicos violentos. De acordo com o presidente da Associação da Parada do Orgulho GLBT, Nelson Matias Pereira, a cada três dias, uma pessoa é assassinada no país por causa de sua orientação sexual.

O respeito aos homossexuais e aos seus direitos perfaz um efeito imediato na vida dessas pessoas, além de inocular na sociedade uma preocupação crescente em respeitar as diferenças. Afinal, a causa gay mexe com valores, conceitos, direitos e sentimentos, provocando mudanças cada vez mais rápidas nas estruturas e nas relações sociais.

Apesar de algumas conquistas, no Brasil as coisas andam devagar. O Projeto de Lei nº. 1.151, sobre parceria civil de homossexuais, apresentado pela então deputada Marta Suplicy (PT-SP) em 1995, ainda aguarda votação. Ele foi a plenário pela última vez em maio de 2001 e retirado da pauta. A proposta de Marta garante o direito à propriedade, como herança e seguro-saúde, mas não o de adotar uma criança, por exemplo, consistindo em uma iniciativa inovadora na proteção das uniões homoafetivas, criando um vínculo jurídico gerador, não só de efeitos patrimoniais, mas também de efeitos nas pessoas e, em alguns pontos, assemelha-se ao casamento e à união estável.

Sobre a recusa em se discutir a aprovação do Projeto de Lei pelo Congresso Nacional, a vice-presidente da Comissão de Educação e Cultura, deputada Maria do Rosário (PT-RS), disse que a proposta da união civil ainda não foi aprovada devido a preconceito de parlamentares. "Independentemente da religiosidade e do posicionamento político-ideológico das pessoas, o Estado e o Parlamento devem ser laicos e olhar para todos como detentores de direitos iguais", alertou a deputada.

A aprovação da lei pouparia os casais dos inconvenientes de uma ação na Justiça. O antropólogo Luiz Mott acredita, no entanto, que sem uma pressão do governo nem este projeto passa pelos parlamentares religiosos do Congresso. “Leis não mudam mentalidades, mas auxiliam contra a discriminação”, diz ele.

A principal luta dos homossexuais é travada justamente no campo religioso. As grandes religiões judaico-cristãs condenam a opção, considerando-a, no mínimo, imoral e prometendo aos “pecadores” o fogo do inferno. “Nos últimos anos, em vez de pedir perdão pela perseguição aos homossexuais a Igreja Católica reafirmou que a homossexualidade é ‘intrinsecamente má’”, destaca o antropólogo.

A ninguém é dado ignorar que a heterossexualidade não é a única forma de expressão da sexualidade da pessoa humana. A sociedade vive uma lacuna frente às pessoas que não são heterossexuais. Elas não têm como regulamentar a relação entre si e perante a sociedade, tais como pagamento de impostos, herança, etc. Esta possibilidade de parceria só é reconhecida entre heterossexuais. O Estado não pode continuar fingindo que a união de casais homossexuais não existe!

A Venenosa por Simone Azevedo

Antes só do que mal acompanhada

Você que está encalhada e se arrepia só de imaginar o tedioso dia dos namorados em que ficará em casa vendo novela das oito com seus pais, seus problemas acabaram. Neste artigo constam algumas dicas elaboradas por experientes profissionais especialistas em solteirisse aguda para você transcorrer o dia 12 de junho sem remoer 24 horas o pensamento de cortar os pulsos com uma faca de pão.
1)comece o dia mentalizando o seguinte mantra: antes só do que mal acompanhada, antes só do que mal acompanhada;
2) tome um banho demorado e pense em tudo de bom que pode fazer estando sem nenhum tipo de compromisso: ir a balada com os amigos e beijar todos os solteiros baladeiros de plantão, cantar aquele amigo gato que você sempre quis pegar mas nunca teve coragem, ir a um clube das mulheres com outras amigas encalhadas e soltar a franga, ir a uma boate gay e ter novas experiências, etc. Use a criatividade;
3) escolha sua melhor roupa e o melhor perfume para passar o dia linda, cheirosa e desejável;
4) depois passe em frente a uma construção para se certificar de que você está mesmo linda, cheirosa e desejável;
5) divirta-se à beça estourando seu cartão de crédito. Afinal, o dia dos namorados é só uma vez no ano;
6) solte um cheque sem fundo e roube uma coisa qualquer de uma loja. Um pouco de adrenalina ajuda a manter o astral alto;
7) coma tudo o que a sua dieta não permite. Você merece garota. Se você não tem namorado é porque a dieta não serve para nada mesmo;
8) assinta filmes de guerra ou aventura. Nada de drama, romance ou comédia;
9)se vista para matar com as roupas caras que você passou o dia comprando com seu cartão de crédito estourado e escolha um dos programas sinistros que você pensou e se envergonhou só de ter pensado. Garota, é tudo ou nada. Provavelmente nada, então aproveita;
10) se sua idéia é encontrar alguém para curtir a noite, e é porque é nisso que as encalhadas pensam, vá em frente. A noite é uma criança;
11) paquere, seduza, arrase. Você é poderosa;
12) conquiste, invista, ouse. Hoje é o seu dia;
13) mas... se depois de toda essa produção, não conseguir pegar ninguém, vá para casa ver Titanc. Mas mentalize: antes só do que mal acompanhada.