segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Bem senhoras e senhores. Por BruneLLa França.

gica da bola

Na infância, mágica costumar vir sempre associada a um objeto. A tal varinha. Quantos não sonhamos em ter uma delas? Mas, nem só de varinha vive o reino da magia. Num primeiro olhar, ela não tem nada de especial. Num segundo também não. Num terceiro, continua a não ter.

Observada atentamente, uma bola de futebol não parece mesmo promissora para a magia. Sozinha, ela é tão comum quanto qualquer outro objeto. Assim como a varinha, a bola não faz mágica sozinha. A varinha precisa da mão do mágico. A bola, do pé.

Chuta, rola, passa, corre, dribla, voa, pedala. Ao contrário da varinha, que toca outros objetos e os faz encantados, a bola encanta a si mesma ao encontrar o talentoso toque dos pés.

Não sabemos explicar como uma simples varinha faz surgir um coelho de dentro de uma cartola; como faz alguém desaparecer e depois reaparecer. Parece tão fácil. Também parece fácil quando vemos grandes mágicos com a bola nos pés encontrando espaço entre quatro jogadores e saindo sozinho para fazer o gol.

Mas existem mágicas que não se explicam. Faltam palavras! Assim como existem mágicos da bola que não se explicam. Também faltam palavras. Rainha? Alteza? Gênia? Majestade? Que ‘nome’ dar para ela? Como definir o que ela faz com a bola nos pés? Arte? Mágica? Não sei.

Assim como acompanhamos um mágico fazer alguém flutuar, também acompanhamos as jogadas dela. É o mesmo encanto. É a mesma magia. Brilham os olhos. No final, aplausos, gritos entusiasmados, assovios, tudo junto.

Até mesmo o maior dos mágicos deve tirar a cartola para ela. O controle sobre a bola é feito de forma inexplicável. Como se tivessem nascido uma para a outra. Do diálogo entre pés e bola, nascem jogadas antológicas, que marcarão para sempre.

A matéria-prima da mágica é o sonho. A do futebol, também. E desde que nasceu essa Mágica no mundo da bola, as coisas nunca mais foram as mesmas. O gramado vira tapete vermelho quando ela joga; as redes vertem ambrosia quando ela faz gol; adversários se transformam em súditos e aplaudem de pé.

O mundo da bola se curva aos pés da alquimista que transforma ouro em sonho e melhor do mundo em sinônimo de Marta.

*reverências*


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